Mercedes-AMG One com motor de Fórmula 1 será produzido em 2022
Depois de inúmeros adiamentos e atrasos em seu desenvolvimento, hipercarro com mais de 1.000 cv vai sair da linha de montagem
Faz muito tempo que você vê a gente falar do Mercedes-AMG One, o hipercarro da marca alemã que surgiu lá em 2017 como conceito batizado de Project One. O superesportivo atrasou mais de uma vez devido a contratempos em sua fase de desenvolvimento, já que teve que passar por diversos ajustes para poder rodar nas ruas. Mas eis uma boa notícia: sua produção está confirmada para 2022.
A confirmação de que o novo Mercedes-AMG One finalmente será produzido veio do site britânico Autocar. Embora não haja mais informações e detalhes sobre quando o hipercarro começará a sair da linha de montagem da marca da estrela de três pontas, sabemos que todas as 275 unidades do superesportivo com motor de Fórmula 1 da temporada 2017 já foram vendidas para clientes abonados ao redor do mundo, que certamente estão ansiosos - e também um tanto frustrados pelos sucessivos atrasos do modelo.
Mas a espera deverá compensar os futuros proprietários, pois o Mercedes-AMG One virá equipado com um motor V6 de 1,6 litro turbo atrelado a outros quatro propulsores elétricos que, combinados, devem entregar potência acima dos 1.000 cv ou mesmo até chegar próximo dos 1.200 cv. Dois motores elétricos vão mover as rodas dianteiras, um será embutido no turbocompressor, enquanto o quarto ficará ligado diretamente no motor a combustão. Quando o Project One foi lançado há quatro anos, a montadora prometia aceleração de 0 a 200 km/h em menos de 6 segundos e velocidade máxima superior a 350 km/h.
Entre os problemas enfrentados pela Mercedes-AMG no decorrer do desenvolvimento do hipercarro, está exatamente no motor. Para quem não sabe, o motor V6 1.6 turbo híbrido da F1 fica ligado a 5.000 rpm com o carro parado, o que seria inviável em um carro de rua, com isso o propulsor teve que ser ajustado para a marcha-lenta ficar em 1.200 rpm. De acordo com a fabricante, fazer esse ajuste foi um “tremendo desafio” e foi essencial fazê-lo para atender as normas de emissões cada vez mais rigorosas na Europa.
Além dos problemas com a redução dos níveis de rotação do motor 1.6 litro para o carro de rua, a AMG também dores de cabeça por conta do ronco do V6, que originalmente era muito alto para um veículo de produção. Podemos dizer que isso não é nenhum problema para os entusiastas que gostam de ouvir um ronco afinado saindo do escapamento, mas certamente deveria ficar com um ruído acima do limite para as leis europeias.
Um ponto que chamou a atenção na apresentação mundial do Mercedes-AMG One ainda como conceito era que seu motor V6 1.6 turbo híbrido aguentaria rodar no máximo 50.000 km, para depois ter que ser refeito pela montadora. E essa característica é justamente por ser um motor adaptado direto de um carro de Fórmula 1, mas isso provavelmente não será problema, já que os futuros donos deverão deixar o hipercarro mais tempo parado como objeto de coleção do que acelerando forte pelas pistas.
Para ter um hipercarro com o mesmo motor do Fórmula 1 de Lewis Hamilton ou Valteri Bottas, o valor está no mesmo nível da exclusividade: cada AMG One custou R$ 2,72 milhões (R$ 14.800.064 pela cotação atual) e já estão todos vendidos. Quando chegar nas ruas, seu visual deverá chegar atualizado, afinal, estamos falando de um superesportivo com quatro anos de idade.
Fonte: Autocar
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