Não bastou trocar a multimídia do Toyota Corolla por uma outra, a fabricante japonesa teve que anunciar uma nova paralisação para o complexo em Indaiatuba (SP), responsável pela montagem do sedã. E o motivo é o mesmo que das outras vezes: faltam insumos para produzir os carros, como semicondutores. Com isso, a fábrica ficará sem montar o sedã médio entre os dias 13 e 22 de outubro.
De acordo com a Toyota, os funcionários da fábrica entrarão em férias coletivas durante este período sem produção, retornando às atividades no dia 25 de outubro. O anúncio foi realizado agora por conta das regras do Ministério do Trabalho para este tipo de movimentação. A marca ainda explica que, no momento, isso afeta somente Indaiatuba e que as fábricas em São Bernardo do Campo, Porto Feliz e Sorocaba continuarão em operação normalmente.
Esta decisão não é bem uma surpresa. A Toyota anunciou há alguns dias que pretende cortar sua produção global em 40% para outubro, justamente pela falta de semicondutores. Kazunari Kumakura, gerente global de compras da marca, explicou ao site Automotive News Europe que os novos lockdowns feitos no sudeste asiático, criou um gargalo no fornecimento, em especial nas fábricas localizadas na Malásia e Vietnã. Faltam não só chips, como outras peças como chicotes.
A estimativa da empresa é que 330 mil veículos deixem de ser produzidos ao longo de outubro, quando o plano original era montar 880 mil unidades. A estimativa é que 150 mil deste total seriam feitos no Japão, enquanto os 180 mil restantes nas fábricas ao redor do mundo. Isso já obrigou a Toyota a mudar a projeção global de 9,3 milhões produzidos até 31 de março de 2022 para 9 milhões.
A Toyota sugere que a situação pode normalizar um pouco em novembro, tanto que ainda não tem planos para reduzir a produção nos meses seguintes. “Iremos continuar a analisar a produção esperada em outubro, e iremos anunciar mais detalhes em meados de setembro”, diz a fabricante no comunicado global.
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