Lançado na última quarta-feira (25), o Hyundai Creta 2022 entrou de cabeça na segunda geração ao mudar totalmente seu visual – considerado um tanto polêmico, é verdade. Mas de contrapartida, o SUV compacto trouxe consigo um pacote de equipamentos mais tecnológico e motor turbo. Mas quando colocada as duas gerações lado a lado, quais são as suas diferenças? É o que vamos mostrar a partir de agora.
Assim como a primeira geração produzida entre 2016 e este ano, o novo Creta 2022 é produzido na fábrica da Hyundai Motor Brasil em Piracicaba, interior de São Paulo. De lá saem também o hatch HB20, o sedã HB20X e o aventureiro HB20X – e como anunciado pela montadora nesta quinta-feira (26), o complexo também vai receber uma ala dedicada a produção de motores. Mas voltando ao Creta, ele chegou com um desenho totalmente diferente e, apesar de não parecer em algumas fotos, ele ganhou maior porte.
Quando colocamos as duas gerações do Hyundai Creta lado a lado, não tem como deixar de falar que o modelo antigo ostenta um desenho mais típico de um SUV, enquanto o novo lembra mais um hatch anabolizado. Apesar disso, a segunda geração cresceu como mostra sua ficha técnica: são 4,30 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,62 m de altura e 2,61 m de entre-eixos.
Como comparação, o Creta antigo tem 4,29 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,63 m de altura e distância entre-eixos de 2,59 m. Com isso, a nova geração ficou 3 centímetros mais longa, 1 cm mais larga, enquanto o entre-eixos foi esticado em 2 cm – o que certamente melhorou o espaço na cabine, que já era bom no modelo antigo. Mas apesar das maiores dimensões no geral, o Creta ficou 1 cm mais baixo, fora que seu porta-malas acabou encolhendo e passou de 431 litros para 422 litros de capacidade, ou 9 litros a menos.
Vale lembrar que a plataforma do novo Creta é a mesma da geração anterior, mas de acordo com a marca sul-coreana traz mudanças suficientes para ser considerada uma nova geração. É a mesma medida aplicada na nova geração do HB20, revelado em setembro de 2019. Além disso, o SUV de nova geração ficou mais leve, pesando 1.300 kg contra 1.399 kg do modelo antigo (99 kg a menos na versão topo). Nas versões com motor 1.0 turbo, que vamos falar mais adiante, o peso cai mais ainda e chega a 1.270 kg.
Enquanto o Creta de 2017 tinha uma filosofia de design chamada de “Escultura Fluida 2.0”, a segunda geração do SUV ostenta agora o que a marca chama de “Esportividade Sensual”. Para começar, a geração antiga contava com faróis tradicionais de desenho mais estreito e integrados a grade hexagonal, que contava com moldura cromada e filetes horizontais, solução bem mais comum que o novo Creta.
A nova geração do SUV sul-coreano aposta ainda em uma grade hexagonal, mas trazendo desenho mais angular e preenchida por um acabamento colmeia em prata. Até existe o Creta 2022 com grade equipada com filetes horizontais, mas essa configuração fica restrita a versão de entrada Comfort.
O farol do novo Creta sem dúvida é o ponto mais polêmico dessa geração ao vir com um esquema de faróis duplos, com as luzes diurnas de LED bem finas perto do capô, enquanto o conjunto principal está abaixo, no entorno de mais uma linha de LED. No geral, o farol principal fica praticamente dentro das luzes DRL (que remetem a um bumerangue), que juntos é como se formassem uma peça só.
Na lateral a diferença entre as duas gerações também é bem evidente, com o modelo antigo vindo apenas com o vinco que ia da região das portas dianteiras até as lanternas. Já o novo é bem mais chamativo nessa parte da carroceria, com destaque para a linhas que demarca o farol, contorna as caixas de rodas, atravessa as portas passando sob as maçanetas e termina nas lanternas em direção ao para-choque. É um recurso que chama a atenção, mas que corre o risco de ficar datado conforme o tempo.
Quando comparamos a traseira, mais uma vez o Creta antigo trazia desenho mais tradicional com o conjunto mais horizontal – e até meio genérico. Por sua vez o Creta 2022 se destaca nisso, com lanternas recortadas com uma linha de LED superior e um conjunto maior logo abaixo. Há ainda recortes que saem das lanternas e apontam para a região da placa, além de um vinco mais ressaltado na parte abaixo do vidro traseiro. As linhas do novo Creta 2022 se inspiram em outros SUVs da Hyundai, como o grandalhão Palisade e um pouco no Santa Fe.
Pulando para a parte de dentro, o antigo Creta lembrava bastante o HB20 daquela época, com painel envolvente e com linhas que se encontravam nas saídas de ar centrais. Item estético mais marcante no SUV antigo mesmo eram os arcos das portas que se integram ao desenho do painel. Já a segunda geração deu um salto de qualidade ao trazer diversas texturas e cores no painel e detalhes em preto brilhante na seção central, mas apesar dos bons arremates, tudo ainda é de plástico rígido como no antigo. Macio ao toque mesmo somente o descansa braço central e apoio de braço das portas.
Vale destacar que as linhas são mais horizontais no interior do novo Creta, que conta com painel em dois níveis, com os cantos se unindo aos painéis das portas e a parte central mais alta destacando a tela de 10,25 polegadas do sistema multimídia. Diferente também são as saídas de ar verticais nas laterais, enquanto que as saídas do meio são dispostas na horizontal. Por fim, o volante também ostenta desenho fora do comum no centro ao vir com dois arcos em prata.
Em resumo, não há dúvida que o Creta traz visual tão ousado que é do tipo “ame” ou “odeie”, ou seja, vai acabar fazendo alguns irem para concorrência, mas também vai agradar aqueles que buscam um design diferenciado, pois o que não falta para a nova geração é personalidade.
Na lista de equipamentos, o Creta 2022 traz uma lista generosa de itens que antes não estavam presentes na geração anterior. Como destaque, podemos citar a nova central multimídia com tela de 10,25 polegadas, a maior do segmento segundo a Hyundai. Disponível nas versões mais caras, ela traz suporte a Apple CarPlay e Android Auto, além de exibir imagens 360 graus do carro (sistema formado por 4 câmeras) e dos pontos cegos durantes as trocas de faixa.
O utilitário compacto ainda estreia um novo painel de instrumentos com tela digital de 7” na parte central do cluster, mas ainda mantêm o conta-giros e os medidores de combustível e temperatura analógicos nas laterais. Ele até muda de cor dependendo do modo de condução escolhido, ficando verde no “Eco”, azul nos modos intermediários e vermelho no “Sport”.
Há ainda freio de estacionamento eletrônico, aletas para trocas de marcha atrás do volante (até então as trocas no modo manual eram feitas na alavanca), faróis full-LED com luzes DRL em todas as versões, teto solar panorâmico (nunca ofertado no Creta por aqui) e um pacote de segurança mais completo que até então não era ofertado no SUV: controlador de velocidade adaptativo, frenagem automática de emergência, assistente de permanência em faixa e farol-alto adaptativo.
Por fim a motorização, uma das principais mudanças para esta 2ª geração do Creta. Enquanto a antiga tinha à disposição o 1.6 flex de até 130 cv a 6.000 rpm e 16,5 kgfm de torque a 4.500 rpm, além do 2.0 flex de até 166 cv e 20,5 kgfm, o Creta 2022 adota o motor três cilindros 1.0 turbo do HB20 no lugar do conjunto 1.6. O propulsor turbinado rende 120 cv a 6.000 rpm e 17,5 kgfm a 1.500 rpm, sempre com câmbio automático de 6 marchas. Em nossas impressões iniciais no lançamento, o 1.0 turbo deu mais agilidade ao SUV, culpa do torque máximo que aparece bem mais cedo e do bom casamento com o câmbio.
Vale lembrar que o Creta 2022 manteve o motor 2.0 aspirado na versão mais cara, mas ele foi atualizado. Agora com 167 cv a 6.200 rpm e 20,6 kgfm a 4.700 rpm, ele entrega 1 cv e 0,1 kgfm a mais, com a marca prometendo ainda que o propulsor ficou 8% mais eficiente, o que em outras palavras reduzirá o consumo de combustível. Assim como a versão turbo, a transmissão é automática de 6 velocidades.
Como mencionamos brevemente antes, este novo Creta estreia um seletor de modo de condução que altera a resposta do acelerador, troca de marchas e resposta da direção. Ele traz as opções Normal, Eco e Sport nas versões 1.0 turbo e Normal, Eco, Smart e Sport na 2.0 aspirada.
E para encerrar, finalmente o sistema de freios abandonou o conjunto a tambor na traseira, sendo substituído por discos sólidos, enquanto as rodas dianteiras trazem discos ventilados. E você, prefere o antigo ou o novo Creta 2022? Comente aí abaixo:
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