A crise que atinge em cheio a indústria automobilística pela falta de semicondutores deverá piorar consideravelmente nas próximas semanas, segundo previsões da Volkswagen. "Atualmente, projetamos que a oferta de chips neste terceiro trimestre será muito volátil e restrita", disse a empresa em resposta a um pedido de comentário da Reuters. "Não podemos descartar novas mudanças na cadeia de produção", completou.
O agravamento da situação está sendo motivado pelo recente recrudescimento da pandemia na Malásia, grande polo fornecedor do componente para a marca. O país teve de fechar fronteiras para conter o avanço da COVID-19 e acabou por interromper toda a cadeia de fornecimento do produto. Reinhard Ploss, CEO da fabricante alemã de chips Infineon, disse recentemente que a normalização da produção só deve acontecer em 2022.
Diante desse cenário, a Volks admite que poderá reduzir ainda mais o ritmo de produção nas fábricas que mantém mundo afora. No Brasil, por exemplo, a empresa já fez reiteradas paralisações nas linhas de montagem das plantas de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR).
Outra grande montadora atingida em cheio pela crise foi a Toyota. A marca vinha passando relativamente tranquila, mas recentemente acabou sendo forçada a fazer paradas. Anunciou na semana passada que reduzirá sua produção em todo o mundo em aproximadamente 40% em setembro.
Os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas modernos de entretenimento, segurança e assistência ao motorista são incapazes de funcionar. Em decorrência das paralisações geradas pela pandemia em 2020, a produção desses componentes foi afetada, atingindo diretamente a cadeia de suprimentos da indústria automotiva global.
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Fonte: Automotive News Europe
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