Yamaha Fazer 250 2022 muda mais que cores e adesivos
Moto mais vendida da marca dos três diapasões no Brasil se inspira no visual da MT-03 e ganha mais equipamentos
Nos últimos meses, as principais montadoras nacionais já apresentaram a linha 2022 para suas motos mais vendidas. No entanto, em sua maior parte, ganharam apenas novas opções de cores e grafismos. Então alegra quando uma marca revela algo que vai além disso. Foi o que aconteceu agora, com o lançamento da Yamaha Fazer 2022, que chega às lojas na segunda quinzena de agosto.
Claro que a mudança também não foi radical, mas impactou bastante o visual da moto. A partir de agora, a Fazer 250 conta com um novo bloco de farol, com lâmpada de LED e projetor único, solução que estreou primeiro da atual Yamaha MT-03. A Fazer já tinha faróis de LED, mas outra novidade é a inclusão da luz diurna de LED (DRL) de série.
Yamaha Fazer 250 2022
Graças a ela, é possível circular durante o dia sem utilizar os faróis principais constantemente, mas sem afetar a visibilidade e a segurança do condutor. Com isso, também houve uma pequena alteração no punho de comando esquerdo, onde foi adicionado um seletor para se escolher entre o uso do DRL ou dos faróis, além de um novo comando para o lampejador de farol.
A Yamaha Fazer 250 já contava com um visual agressivo e intricado na linha 2021, mas para 2022, o novo bloco do farol e suas carenagens casaram bem com as linhas fortes da naked da marca. O escape curto e largo na lateral completa essa cara de “malvada” da moto. Além disso, serve como um degrau mais acessível para quem quer uma Yamaha alinhada com a linguagem visual global da empresa, mas não pode pagar os R$ 27.190 (sem frete) atualmente cobrados pela MT-03.
Fazer 250 2022: itens de série
Além do DRL e dos faróis de LED já citados, a Yamaha Fazer 250 2022 continua oferecendo um pacote de equipamentos de série bastante completo para a categoria. Ela já conta com rodas de liga-leve, freios a disco nas duas rodas com ABS, assento em dois níveis e iluminação completa por lâmpadas de LED. O painel de instrumentos é digital e conta com velocímetro, conta-giros, indicador do nível de combustível, hodômetro parcial A e B, hodômetro quando em reserva de combustível, relógio, indicador de consumo médio e indicador de consumo instantâneo.
O que não mudou precisava mudar?
Uma das críticas mais comuns à Yamaha Fazer 250 é a idade de seu propulsor. Ele estreou na primeira geração da moto em 2005 e vem sendo atualizado desde então. A última grande mudança veio em 2013, quando a moto passou a ser flex. O monocilíndrico de 249 cm³ de capacidade tem comando simples no cabeçote, duas válvulas por cilindro e arrefecimento a ar auxiliado por radiador de óleo. Hoje, entrega até 21,5 cv de potência a 8.000 rpm e 2,1 kgfm de torque a 6.500 rpm quando abastecido com etanol. O câmbio tem cinco velocidades desde o lançamento.
Esse motor já poderia ter mudado? Sim. Precisava? Não necessariamente. É fácil encontrar Fazer 250 em sites de classificados com mais de 15 anos de uso e a quilometragem passando dos 150.000 km sem nunca terem precisado de um grande reparo mecânico, como retífica. O consumo também é bom, passando dos 31,5 km/l com gasolina no teste-drive mesmo com uma tocada “bem animada” na subida da serra.
Além disso, o propulsor é elástico: responde bem em baixa e não reclama de trabalhar com a rotação perto do limite. O escape também tem um ronco mais grave e presente. Para a categoria dá até para chamar de agradável, algo muito difícil de se conseguir em um monocilíndrico de baixa cilindrada. É exatamente esse comportamento elástico que a Yamaha usa como justificativa para manter o câmbio de 5 marchas, não um de 6 como na Honda CB 250F Twister. A Fazer não demanda trocas constantes e mantém 120 km/h a cerca de 7.500 rpm, ainda abaixo de seu pico de potência.
Além disso, a região serrana entre as cidades de Mogi das Cruzes (SP) e Bertioga (SP) serviu como bom lembrete das capacidades dinâmicas da Fazer 250 2022. Seu entre-eixos é mais curto que o das rivais, o ângulo de caster (formado entre o garfo dianteiro e uma linha vertical a partir de seu ponto de fixação no chassi) é menor e seu guidão é mais estreito. Aliando isso aos 136 kg de peso a seco (148 kg em ordem de marcha), o menor entre as principais rivais, tem-se uma naked 250 que aceita acelerar com vontade nas curvas passando bastante segurança.
Apesar dos bons predicados dinâmicos, dois aspectos da Fazer 250 2022 que não mudaram merecem cuidado. Um deles são os espelhos, que deixam pontos-cegos relevantes atrás da moto. O outro é a altura do assento, de 795 mm, mais elevado que o da Twister (784 mm) e o da BMW G 310 R (785 mm).
Cores e preços
A Yamaha Fazer 250 2022 começará a chegar nas lojas da marca a partir da segunda quinzena de agosto. Ela será oferecida nas cores Magma Red (vermelha), Matt Black (preta fosca) e Racing Blue (azul). A moto conta com 4 anos de garantia de fábrica. Seu preço será de R$ 18.890 sem frete. Para o estado de São Paulo, o valor será maior por conta da majoração do ICMS.
Ficha técnica: Yamaha Fazer 250 2022
Comprimento |
2015 mm |
Largura |
770 mm |
Altura |
1075 mm |
Altura do assento |
795 mm |
Altura mínima do solo |
160 mm |
Ângulo de caster |
24,5º |
Trail |
98 mm |
Peso a seco |
136 kg |
Peso em ordem de marcha |
148 kg |
Suspensão dianteira |
Garfo telescópico, 130 mm de curso |
Suspensão traseira |
Monocross, 120 mm de curso, ajuste de pré-carga |
Freio dianteiro |
Disco, 282 mm de diâmetro, ABS |
Freio traseiro |
Disco, 220 mm de diâmetro, ABS |
Roda dianteira |
Liga leve, 17 polegadas |
Roda traseira |
Liga leve, 17 polegadas |
Pneu dianteiro |
100/80 - 17 |
Pneu traseiro |
140/70 - 17 |
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