Desde que o Honda Lead 110 foi descontinuado no mercado brasileiro, a marca deixou de oferecer um scooter verdadeiramente de entrada. Hoje, sua moto mais em conta nessa categoria é o Elite, que já tem motor 125 e custa a partir de R$ 9.650 sem frete. No entanto, pode ser que a Honda tenha uma carta na manga.
Com o crescimento do segmento de scooters no Brasil e os preços por esse tipo de moto subindo, há espaço para um modelo mais acessível. E eis que surge um novo registro de patente no Brasil em nome da Honda. Há poucas informações a respeito da moto que aparece no pedido, mas um olhar rápido já elimina a possibilidade de ser da família SH ou algo que viesse a substituir o Elite 125 ou o PCX 150.
Analisando atentamente, vê-se que o modelo ilustrado no pedido de patente é um Honda Vision 110, moto que a marca já oferece nos mercados europeus e asiáticos. O visual mais simpático esconde um scooter relativamente capaz. O site português da Honda mostra que o modelo tem rodas de 16 polegadas na dianteira e de 14 polegadas na traseira.
Em Portugal, o Honda Vision custa 2.300 euros, ou cerca de R$ 14 mil na conversão direta. Ele foi apresentado para a Europa no final do ano passado. Apesar de ser um dos scooters mais baratos do Velho Continente, já conta com chave presencial, freio com acionamento combinado, disco de freio dianteiro, espaço sob o assento e porta-trecos com tomada 12V.
Seu motor é um pequeno monocilíndrico de 109 cm³ arrefecido a ar com comando simples de válvulas no cabeçote e injeção eletrônica. Ele entrega 8,7 cv de potência a 7.500 rpm e 0,9 kgfm de torque a 5.750 rpm. O câmbio é automático CVT e o Vision 110 tem um peso declarado de 100 kg. Na Europa, a Honda declara um consumo médio de 52,6 km/l.
Respondendo de forma simples, são baixas as chances de o scooter chegar por aqui. Em tempos de recursos escassos, não faz muito sentido investir em um novo produto, sem contar a proximidade da entrada em vigor do Promot 5, em 2023, que irá restringir ainda mais as emissões de poluentes e ruídos. A Honda também não se manifestou a respeito de suas intenções ao registrar o Vision por aqui.
Uma alternativa seria utilizar o mesmo motor 125 já existente no Honda Elite, o que facilitaria a homologação e diluiria os custos. Com isso, o Vision poderia atuar por aqui como um intermediário entre o próprio Elite 125 e o PCX 150, numa estratégia similar ao visto entre o PCX e o SH150i, que compartilham motor, mas o último tem um visual mais premium e um pouco mais de equipamentos.
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