Ford cortará produção nos EUA e México por duas semanas
A paralisação afetará 8 fábricas na América do Norte e algumas ficarão sem operar por um mês
A crise de escassez de semicondutores faz mais uma marca suspender suas atividades temporariamente. A Ford anunciou na última quinta-feira (1), em um comunicado interno para os funcionários, que irá reduzir a produção e, em alguns casos, até paralisar completamente oito fábricas na América do Norte por, pelo menos, duas semanas. Nos piores casos, parte dos complexos podem ficar parados por todo o mês de julho.
"A escassez global de semicondutores continua afetando as montadoras globais e outras indústrias em todas as partes do mundo", escreveu John Savona, vice-presidente de manufatura e assuntos trabalhistas da Ford, em uma carta aos funcionários.
Segundo o portal Detroit Free Press, a carta da Ford comunicava que a fábrica de Chicago ficará fechada nas semanas dos dias 5, 12, 19 e 26 de julho, funcionando em dois turnos a partir da semana do dia 2 de agosto. Na planta são fabricados o Ford Explorer, o Interceptor (usado como viatura de Polícia) e o Lincoln Aviator.
Outras fábricas como a de Dearborn, Kentucky, Louisville, além da de Hermosillo, no México, reduzirão sua operação para apenas um turno durante algumas semanas. Isto irá afetar a produção de SUVs e picapes como F-150, Mustang, Ford Bronco Sport, Maverick, Expedition, Lincoln Navigator, Super Duty, Edge, Escape, Lincoln Corsair e Lincoln Nautilus.
Diferentemente das outras fábricas, segundo a carta de Savona, a planta de Michigan terá as atividades suspensas de 5 e 26 de julho "devido a uma escassez de peças não relacionadas".
Pedidos atrasados?
A nova picape Maverick, lançada há poucas semanas nos Estados Unidos já acumulava mais de 36 mil pedidos de clientes até meados de junho. A caminhonete é um dos modelos que terão sua fabricação atrasada por conta da falta do componente eletrônico, além da picape 100% elétrica F-150 Lightning, que bateu 100.000 reservas em aproximadamente três semanas desde o lançamento oficial em maio. No entanto, o vice-presidente destacou que irão priorizar os modelos que já estavam reservados.
"Enquanto continuamos a fabricar novos veículos, estamos priorizando a construção de veículos de nossos clientes que foram montados sem certas peças devido à escassez de semicondutores em toda a indústria. Isso está de acordo com nosso compromisso de fornecer aos nossos clientes seus veículos o mais rápido possível e consistente com o nosso fornecimento previsto", complementou Savona.
Ouça o podcast do Motor1.com:
Siga o Motor1.com Brasil no Facebook
Siga o Motor1.com Brasil no Instagram
Fonte: Detroit Free Pass
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Ex-CEO da Nissan, Ghosn diz que fusão com a Honda é uma "jogada desesperada"
Kia Syros 2025 combina design exótico, direção autônoma e motor do HB20
O futuro da Honda ainda será híbrido, pelo menos até 2030
Avaliação Fiat Pulse Hybrid: o primeiro híbrido leve da marca vale a pena?
"Criança problema", Maserati diz ter plano para sair da crise
Motorhome elétrico: já fizeram uma Kombi home a bateria
Anfavea projeta produção de 2,8 milhões em 2025, mas teme importações