A Harley-Davidson apresentou a Pan America para o mercado norte-americano no final de fevereiro. Primeira oferta da empresa no concorrido segmento das bigtrails, a moto foi uma grande aposta da marca de Milwaukee. Desde que ela colocou em ação o Hardwire, plano de reestruturação para estancar as vendas em baixa, a Harley focou esforços nos segmentos e mercados onde já era bem estabelecida.
Ou seja, a marca deixou de lado outros projetos, como a naked Bronx, para se concentrar em suas grandes estradeiras. Até mesmo a linha de motos elétricas da Harley foi separada com a criação da submarca Livewire para não interferir na estratégia. Mesmo assim, a Pan America seguiu adiante e começou a chegar às lojas dos EUA em maio.
E, aparentemente, o sucesso será grande. Uma reportagem do jornal The Milwaukee Business Journal escutou alguns concessionários da Harley-Davidson naquele estado e os relatos foram todos positivos. Segundo os revendedores, “a recepção dos clientes está sendo surpreendente”, e as Pan America são vendidas assim que chegam ao showroom.
Outro indício de que a bigtrail será uma aposta de sucesso para a Harley é a recepção também em outros mercados fora dos EUA. No final de abril, a empresa anunciou que a sua nova moto seria oferecida também na Índia, apesar de a marca ter deixado de operar por lá como fabricante no ano passado. Além disso, outros mercados onde a Harley-Davidson opera também teriam mostrado grande interesse na Pan America.
Mesmo com esse sucesso inicial, a Harley-Davidson do Brasil ainda não confirmou a chegada da bigtrail para o nosso mercado. No entanto, também não negou, dizendo apenas que “Não temos detalhes de lançamento da Pan America no Brasil para compartilhar neste momento”. A categoria das bigtrails por aqui está aquecida, com a BMW R 1250 GS liderando o segmento apesar de custar a partir de R$ 83.500. Além disso, a Honda acabou de lançar no Brasil a nova geração da Africa Twin.
Nos EUA, a Harley-Davidson Pan America tem preços partindo de US$ 17.139 (R$ 89.496), colocando-a em pé de igualdade com a BMW R 1250 GS oferecida por lá. A novidade tem duas configurações: Standard e Special, diferenciando-se entre si pelo nível de equipamentos de série e algumas opções de pintura.
Além da estreia de um novo chassi inédito, a Pan America também trouxe para o mercado um novo propulsor batizado de Revolution Max. O bicilíndrico de 1.252 cm³ tem arrefecimento a líquido, comando duplo variável e quatro válvulas por cilindro. Ele consegue entregar 152 cv de potência a 9.000 rpm e 12,95 kgfm de torque a 6.750 rpm. Apesar das novas tecnologias, ele mantém a configuração em V tradicional da marca. O câmbio é de seis marchas e a transmissão final é feita por corrente.
A versão de entrada da Pan America pesa 242 kg, enquanto a Special tem 254 kg. O tanque comporta 21,1 litros. As rodas são de 19 polegadas na dianteira e de 17 polegadas na traseira. Na Pan America Standard, são de liga leve, enquanto na Special são raiadas. A suspensão dianteira tem garfo invertido e a traseira é monoamortecida. Ambas têm 191 mm de curso. Na mais completa, os amortecedores são eletronicamente ajustáveis.
Os freios, com ABS de série, têm discos e pinças da Brembo feitos sob medida para a Pan America, sendo dois de 320 mm de diâmetro na dianteira e um na traseira de 280 mm. Além disso, a moto ainda traz de fábrica painel de instrumentos digital com tela TFT sensível ao toque de 6,8 polegadas, modos de condução selecionáveis (incluindo funções para off-road) e conectividade com smartphones via Android Auto e Apple CarPlay.
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Fonte: Milwaukee Business Journal
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