A indústria automotiva brasileira está conseguindo driblar parcialmente os problemas de logística global resultantes da pandemia. Durante coletiva realizada sexta-feira (7) para a apresentação dos resultados da indústria, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou números positivos de produção e exportação no quadrimestre.
No mês de abril, a indústria automotiva brasileira produziu 190,9 mil unidades, número que representa uma queda 4,7% em relação a março, mas justificada pelo fato que teve três dias úteis a menos que o anterior. A comparação em relação a 2020, embora pudesse mostrar números extremamente positivos, é descartada porque foi o mês da paralisação geral das fábricas e concessionárias.
Por outro lado, a Anfavea destacou como referência o volume acumulado nos primeiros 4 meses do ano. Neste cenário, a produção de 788,7 mil unidades superou em 34,2% o resultado do primeiro quadrimestre de 2020. "Devemos ressaltar a resiliência da cadeia automotiva num momento de crise, em especial das áreas de logística, compras e planejamento de produção das nossas associadas", afirmou o Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
Outro ponto positivo, e que gera bons resultados financeiros por conta da cotação atual do dólar, foi o bom desempenho das exportações. Neste primeiro quadrimestre, o crescimento foi de 34,7% comparado a 2020. Em números absolutos, foram exportados 33,9 mil veículos em abril e 129,6 mil no acumulado de 2021. De acordo com a Anfavea, houve crescimento na exportações para todos os mercados, com destaque especial para a Colômbia.
As vendas internas também tiveram crescimento no quadrimestre, na comparação com produção e exportações. Foram licenciados 175,1 mil veículos em abril e 703 mil no acumulado, uma alta de 14,5% sobre os primeiros quatro meses de 2020.
Já o segmento de caminhões e comerciais leves, tiveram alta acima de 40% no total de emplacamentos de 2021, alavancado principalmente pela venda de picapes. Se trata de um desempenho bem superior ao de licenciamentos ônibus (13,2% de crescimento) e de automóveis (7,7%).
"Os números deste primeiro terço do ano indicam que nossas projeções feitas em janeiro são factíveis de serem atingidas, salvo alguma situação inesperada no segundo semestre", avaliou Moraes. A Anfavea estima para este ano crescimento de 15% nas vendas, 25% na produção e 9% nas exportações.
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