A Renault reforçou a promessa de elevar o nível de seus modelos no Brasil. Durante uma conferência realizada na última quinta-feira (6), Luca de Meo, CEO da Renault, destacou que quer atender os consumidores brasileiros da mesma forma como atende os consumidores europeus. Isso se refletirá em modelos mais sofisticados e aumento de participação no segmento C.
Ponto que mais chamou a atenção no discurso do executivo foi o fato de reconhecer que temos no Brasil uma linha mais simples do que a encontrada na Europa. "Não queremos tratar o Brasil diferente do que tratamos do mercado europeu. Os clientes do Brasil não merecem menos do que fazemos para os europeus", afirmou de Meo.
O executivo repetiu o discurso de que é preciso aumentar a rentabilidade de seus veículos. "São tempos difíceis, mas temos que melhorar a qualidade dos negócios. Buscamos mercado no Brasil (com modelos mais acessíveis e de alto volume) e isso não foi uma boa ideia, agora temos que elevar o patamar. Temos uma visão cada vez mais clara do que pretendemos fazer em toda a região, em toda América Latina".
Parte dessa estratégia de elevar o patamar passa pelo investimento no segmento C, por ser mais lucrativo. Em fevereiro, o executivo confirmou o investimento no Bigster, SUV maior que o Duster, para "aumentar a média de lucro por unidade", mesmo que tenham que desistir da meta de alcançar 10% de participação no mercado. "Para mim, o Bigster é exatamente o carro que podemos colocar na Renault nos mercados internacionais, onde estamos apostando somente nos carros dos segmentos A e B. Agora eu posso ter um SUV B+ e um SUV C compacto que terão uma margem unitária melhor, com uma imagem potencialmente melhor e a habilidade de conquistar novos clientes", explicou o comandante da Renault.
Além do Bigster, as novas gerações de Sandero e Logan também subirão de nível. Diferente do que sempre aconteceu, os modelos abandonarão de vez a simplicidade da Dacia e terão mais refinamento e tecnologia. Para isso, como Motor1.com já antecipou, ambos terão visual exclusivo mais próximos aos do Clio europeu. A mudança será tão grande que o "novo Logan" deve mudar de nome, passando a se chamar Taliant.
"Vamos elevar o patamar da marca Renault, em 2023, 2024. Vamos buscar cada vez mais valor para a marca Renault", concluiu de Meo.
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