Entre todos os fatores que tornaram 2020 um dos anos mais difíceis à população mundial, também foi um ano extremamente desafiador para a indústria automobilística em meio a uma densa queda na produção e vendas devido à pandemia da COVID-19.
Com o fechamento de grande parte das fábricas e fornecedores ao redor do mundo, o ano tornou-se "a pior crise de todos os tempos a impactar a indústria automotiva, um setor-chave da economia mundial”, segundo afirmou o presidente da OICA (Organização Internacional de Fabricantes de Automóveis, traduzido para o português), Sr. Fu Bingfeng.
Segundo dados coletados pela OICA, o declínio foi de 16% na produção mundial de automóveis, que condiz com menos de 78 milhões de veículos. Este valor é equivalente ao nível de vendas registrado em 2010. Conforme observado por Bingfeng, “os resultados de 2020 eliminam todo o crescimento feito nos últimos 10 anos”.
Em 2019 já havia sido registrado um declínio acentuado de quase 5% na produção mundial, chegando a menos de 92,2 milhões de carros, caminhões e ônibus.
Na América, a produção de 2020 de 15,7 milhões de unidades representou 20% da produção global. A América do Sul caiu mais de 30%, enquanto o Brasil caiu quase 32% - número que foi confirmado pela Anfavea, associação das fabricantes no país. A região do NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio) viu a produção cair mais de 20%, com a manufatura dos EUA caindo 19%.
A Europa como um todo teve uma queda de mais de 21%, em média. Todos os principais países produtores tiveram quedas acentuadas, variando de 11% a quase 40%. A Europa representou quase 22% da produção global.
O continente africano, por sua vez, diminuiu acentuadamente, em mais de 35%. Já o continente asiático obteve um resultado razoavelmente melhor, com um declínio de apenas 10% da produção. A China, particularmente, foi a mais atingida durante os primeiros meses de 2020 e teve uma rápida recuperação. No geral, a redução do país foi limitada a apenas 2%.
“Os últimos meses de 2020 globalmente mostraram uma recuperação gradual aos níveis de 2019, de forma que os resultados finais são claramente melhores do que a queda originalmente esperada de 20% ou mais. Espera-se que a demanda por mobilidade de pessoas e bens permaneça alta", acrescentou o presidente.
"Mas é igualmente claro que a demanda por mobilidade não é a mesma do passado: a indústria automobilística enfrenta muitos desafios ao mesmo tempo. Os fabricantes de veículos e suas vastas redes de fornecedores estão enfrentando todos esses desafios e continuarão a moldar o futuro da mobilidade limpa e sustentável”.
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