A Mercedes-Benz do Brasil anunciou na última terça-feira (23) a paralisação nas produções das fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora - (MG), entre 26 de março a 05 de abril, por conta da segunda onda de contaminação da COVID-19 pelo país. A montadora passa a ser a terceira a suspender as atividades neste ano por conta do agravamento da pandemia. Nesta semana, a Volkswagen também decretou a pausa, assim como a Scania e a Volvo.
A medida foi negociada com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que vem trabalhando junto à direção das empresas da região, para aumentar o índice do isolamento social em meio ao crescente número de novos casos e óbitos por conta do coronavírus no estado. “O pessoal está bastante preocupado, a maioria já perdeu parentes, amigos, inclusive colegas de trabalho”, declarou Max Pinho, coordenador do comitê sindical na Mercedes-Benz.
A marca planeja dar férias coletivas a grupos alternados após o dia 05 de abril, permitindo maior controle de isolamento social no retorno dos funcionários às fábricas. Esta medida pode se estender até o fim de maio, dependendo da situação da pandemia.
Em contrapartida, as duas fábricas da General Motors, uma delas também localizada na região do ABC, descartam uma paralisação em suas produções. Segundo foi divulgado pela agência Reuters, a empresa alega estar trabalhando com todos os protocolos e medidas de segurança necessárias para evitar a contaminação dos funcionários. Entretanto, a GM teve que paralisar a produção em Gravataí (RS) por conta da falta de semicondutores.
O Sindicato dos Metalúrgicos entrou em contato com a Anfavea, que reúne todas as fabricantes do Brasil, para que converse com as marcas e interrompa a produção durante a fase emergencial em São Paulo. Já o sindicato de Gravataí, onde a Chevrolet produz Onix e Onix Plus, concorda que os trabalhadores não reclamaram dos protocolos.
“Nossos protocolos têm se mostrado eficientes na prevenção de infecções e pesquisas internas mostram que nossos trabalhadores se sentem mais seguros nas fábricas do que em suas próprias casas e comunidades”, justificou a montadora. “Com isso, não vemos nenhum motivo que nos leve a alterar nosso cronograma de produção neste momento”.
Segundo dados divulgados pelo Governo do Estado de São Paulo, foram registradas 1.021 mortes por COVID-19 na última terça-feira (23), um recorde desde o início da pandemia.
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