Hoje, a Daimler é o grupo que tem em seu teto diversas marcas, entre elas a Mercedes-Benz. Ao mesmo tempo, tem uma grande força na área de comerciais, incluindo caminhões e ônibus. Com objetivos e metas diferentes, os dois segmentos de negócios deverão se separar até o final de 2021, criando a Mercedes-Benz e a Daimler Truck.
É uma profunda remodelação para um dos maiores grupos do mundo. A divisão de caminhões e ônibus será separada e, com isso, terá independência em diversos setores, além de estar listada na Bolsa de Valores de Frankfurt de forma independente da atual Daimler - isso acontecerá até o final de 2021. Segundo o comunicado, a participação majoritária da nova empresa será distribuída entre os principais acionistas da atual empresa.
Já a Daimler mudará seu nome para Mercedes-Benz. Com isso, focará em automóveis e todos os novos desafios que o setor coloca, como a eletrificação e os sistemas de condução autônoma, por exemplo. Pouco deve mudar para a divisão de automóveis, que seguirá seus planos e com a listagem atual na Bolsa de Valores de Frankfurt e sua administração.
A nova Daimler Truck terá diversas marcas, como a BharatBenz, Freightliner, Fuso, Mercedes-Benz, Setra, Thomas Built Buses e Western Star. Até então, nada foi dito sobre como ficará a operação no Brasil, que tem as duas empresas, sendo que os caminhões seguem sendo produzidos em São Bernardo do Campo, porém nada deve mudar.
Michael Brecht, presidente do Conselho Geral de Trabalhadores da Daimler, sobre os planos: "A transformação de nossa indústria está avançando rapidamente. Para mantermos o ritmo, precisamos investir em inovações de forma ousada e mais rápida. Para isso, vamos estabelecer um fundo de inovação com um volume de 1,5 bilhão de euros para a Daimler Truck, além de nossos atuais planos financeiros”.
Detalhes serão apresentados no terceiro trimestre deste ano. Neste momento, provavelmente algo sobre a operação brasileira deve ser falado - lembrando que a divisão de automóveis fechou a fábrica de Iracemápolis (SP), onde eram produzidos GLA e Classe C, que será importados em novas gerações entre 2021 e 2022.
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