Sem dúvidas vivemos a era dourada dos muscle cars. Não é difícil - ou tão caro, ao menos nos Estados Unidos - achar um modelo com mais de 400 cv para brincar. Nos últimos anos, o Dodge Hellcat V8 tem sido um exemplo de potência insana e um relativo preço baixo por isso. Mas tudo isso tem um fim e o CEO da Dodge, Tim Kuniskis, sabe quando.
Em uma recente entrevista a CNBC, Kuniskis admitiu que a eletrificação é cada vez mais presente ao redor do mundo. É uma declaração que chama a atenção vinda de um CEO de uma marca que não oferece nenhum modelo eletrificado, além de transformar tudo o que toca em uma versão Hellcat. Mas mesmo que seja o fim do Hellcat V8, ele enfatiza que não será o fim da era da alta potência.
"Os dias do bloco de ferro V8 6.2 supercharger estão contados", disse Kuniskis para a CNBC. "E isso também pelos custos, mas a performance que eles produzem seguirá viva". E ele não está errado, já que vimos nos últimos anos diversos híbridos e elétricos de performance que deixam para trás diversos modelos puramente a combustão. Modelos como o Pininfarina Batista e o Rimac C Two estão em testes finais, ambos com conjunto elétrico com mais de 2.000 cv. A Tesla atualizou o Model S Plaid, que chega aos 100 km/h em menos de 2 segundos.
Sem dizer que os motores a combustão estão ficando cada vez mais potentes também. Recentemente, o SSC Tuatara registrou um recorde (verificado) de velocidade máxima para um modelo de produção, com 452,64 km/h, graças a um monstruoso 5.9 V8 biturbo de 1.775 cv. Sem esquecer também da Ram TRX e seus 712 cv que chegou ao mundo chamando a atenção.
Ainda assim, o futuro e elétrico e Kuniskis não está preocupado. De fato, de acordo com a entrevista para a CNBC, diferente do que já aconteceu no passado com os muscle cars, não perderemos potência em prol de eficiência e emissões. A eletrificação criará potência e insanos números de torque. O lado ruim? Curtir isso sem o ronco de um V8.
"Estou empolgado com o futuro elétrico pois ele nos ajudará a não morrer", disse Kuniskis. "Sem essa tecnologia, estaríamos perto do fim".
Fonte: CNBC via Road & Track
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