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Aumento do ICMS para carros usados em SP vai parar na justiça

Representantes de lojas e concessionários não tiveram sucesso em reunião com o governo paulista

VW Nivus nas concessionárias

O governo do Estado de São Paulo anunciou aumento do ICMS - imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação - que começou a valer a partir do último dia 15 de janeiro. Com isso, o imposto pago em transações de veículos usados subiu de 1,8% para 5,3% e, para novos, de 12% para 13,3%. 

Entidades como a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), representante dos concessionários e a Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), que representa os lojistas independentes, tentaram a negociação com secretários de Planejamento, Mauro Ricardo Costa, e Henrique Meirelles, da Fazenda, mas sem sucesso. 

Nissan Versa 2021 Concessionária
Nova concessionária Fiat 2020

Com isso, já buscam caminhos para entrar na justiça contra os aumentos que, segundo eles, elevarão o valor do veículo para o consumidor final, além da probabilidade do aumento de negociações informais, sem a emissão de nota fiscal, bem como o fechamento de empresas e postos de trabalho pela provável diminuição do volume de vendas. As entidades também se preparam contra um novo aumento já anunciado para 1º de abril.

A Fenabrave distribuiu uma "Nota de Repúdio" na última sexta-feira (15) sobre o aumento do ICMS. Segundo a federação, ela já busca na justiça a anulação do aumento para a preservação das vagas de empregos e empresas. Além do ICMS, lojas e concessionários pagam outros impostos, como o PIS/Confins e demais custos envolvidos na negociação, como a garantia oferecida por lei para o consumidor em um carro usado. 

 

Não é apenas em São Paulo que os impostos sobre automotores estão em discussão. Com o fechamento das fábricas da Ford e Mercedes-Benz, a cobrança sobre mudanças na carga tributária aumentou. Além da variação cambial, é um dos vilões para os aumentos consecutivos nas tabelas de preços no último ano e também para a decisão de alguns fabricantes de importar modelos de países como México e Argentina ao invés de produzi-los aqui. 

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