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Chrysler e Lancia podem ser extintas após fusão da Fiat-Chrysler e PSA

Outras marcas do grupo também correm risco

2021 Chrysler 300

Abarth, Alfa Romeo, Fiat, Lancia, Maserati, Chrysler, Dodge, Jeep, Ram, Citroën, DS, Opel, Peugeot, e Vauxhall. A Stellantis, empresa que surgirá da fusão entre Fiat-Chrysler e Grupo PSA, terá 14 marcas em seu portfólio, tornando-se a quarta maior fabricantes de carros do mundo. Agora que a fusão foi aprovada pelos acionistas, a empresa terá que resolver alguns pontos importantes - e isso pode levar ao fim de algumas marcas.

Especialistas da indústria automotiva estão analisando como será a vida da Stellantis após a fusão e como isso irá afetar as 14 marcas do grupo. Reportagens da Associated Press e Automotive News afirmam que a Chrysler pode ser extinta por ter uma linha formada por apenas dois carros: o sedã 300 e a minivan Pacifica, sendo que o 300 atual foi lançado em 2011.

Galeria: Chrysler Pacifica 2021

O que complica ainda mais a situação da Chrysler é que não há qualquer plano de lançar novos modelos, mesmo antes da fusão - quando a FCA apresentou sua estratégia até 2022, a Chrysler foi esquecida, sem nenhuma novidade. No momento, não está claro se existe a chance de pegar alguns produtos da PSA e criar uma versão da Chrysler, algo que poderia até dar certo ao usar os carros da DS, marca de luxo do Grupo PSA.

Falando em trocar logos, a Lancia é uma que tentou fazer isso ao usar o sedã 300 como base para o Thema ou o 200 conversível para criar o Flavia Cabrio. Tanto é que, neste momento, só existe o hatch Ypsilon, vendido somente na Itália. Por isso, não é nenhuma surpresa que os analistas da indústria estejam dizendo que a Lancia também deve desaparecer após a fusão, embora nada esteja confirmado.

Chrysler a Lancia são os candidatos mais óbvios, mas a Automotive News diz que não são os únicos. Outra que corre o risco de sumir é a Dodge, pois o governo de Joe Biden, novo presidente dos Estados Unidos, pretende endurecer as regras para reduzir o consumo de combustíveis no país, o que irá afetar a linha da Dodge, formada atualmente apenas por modelos com motores grandes e beberrões. Vale lembrar que, no Brasil, a Dodge encerrou a venda do Journey, o único carro que era oferecido por aqui, após o fim de sua produção.

Há mais alguns nomes com problemas. A DS, divisão de luxo da PSA, até dá lucro, mas os executivos dizem que o volume de vendas ainda é baixo, o que pode levar a Stellantis a gastar com outra coisa. Alfa Romeo e Maserati estão mais garantidas, passando por uma renovação e com novos produtos anunciados, o que vai requerer mais dinheiro.

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