Não há como negar que a linha atual da Nissan está cheia de modelos defasados. Além dos esportivos 370Z e GT-R, alguns mercados oferecem carros com quase uma década de vida, como tínhamos o March por aqui (que finalmente deixou de ser produzido). Até nos EUA existem alguns modelos antigos nas lojas, como é o caso da picape Frontier (uma geração atrás da nossa) e do SUV Pathfinder. No Brasil, apesar da estreia do novo Versa importado do México, o antigo Versa (agora rebatizado de V-Drive) continua em produção na fábrica de Resende (RJ).
Este problema foi citado em uma entrevista com Ashwani Gupta, COO da Nissan, à revista britânica Car. O executivo admite que a fabricante tentou expandir rápido demais nos últimos anos, seguindo o plano do ex-CEO Carlos Ghosn, que queria ter 8% de participação do mercado global. Para Gupta, o resultado deste esforço foi deixar a Nissan "aterrada com veículos envelhecidos, com um enorme portfólio que nós não poderíamos manter."
Isso significa que veremos a renovação de alguns desses carros da Nissan em breve? Não necessariamente, embora a reportagem da Car aponte para a eletrificação da marca que acontecerá nos próximos anos. Além do novo Ariya, a Nissan diz que metade de seus carros vendidos na Europa serão eletrificados. Isso também significa que esportivos como o novo Z ou o próximo GT-R podem sair da Europa, onde as normas de emissões estão ainda mais restritas.
Além disso, há um outro problema. A Nissan já anunciou um plano de reestruturação para lidar com as perdas dos últimos anos, mirando em 6% do mercado global, só que às custas de uma redução forte nos custos. Isso será alcançado com o compartilhamento de mais peças com a Renault e a Mitsubishi, fazendo modelos com a mesma plataforma e motores. Mas isso também significa reduzir um pouco a produção e retirar alguns carros de linha - os que não tenham uma variante das outras marcas.
Em outros casos, o substituto para o modelo envelhecido pode ser um carro totalmente novo. É o caso do March que era produzido em Resende (RJ). Ao invés de mudar para uma nova geração como aconteceu na Europa, a marca irá apostar no Magnite, um SUV compacto com menos de 4 metros de comprimento e derivado do Kwid, que será feito no Brasil a partir de março de 2022, como Motor1.com adiantou em primeira mão.
Fonte: Car
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