O que poderia ser o principal entrave para a fusão da FCA e PSA acaba ser resolvido. A comissão europeia concedeu a aprovação antitruste para que o negócio de US$ 38 bilhões possa continuar. Havia preocupações dos reguladores sobre a concorrência no mercado europeu de pequenas vans.
Para a Reuters e Bloomberg, a Comissão Europeia informou que a PSA estenderá seu contrato de pequenas vans com a Toyota, o que aumentará a capacidade de produção da marca japonesa e reduzir os preços de transferência dos veículos, peças sobressalentes e acessórios.
"O acesso a um mercado competitivo para pequenas vans comerciais é importante para muitos autônomos e pequenas e médias empresas em toda a Europa", disse a comissária europeia para a concorrência, Margrethe Vestager, em comunicado na segunda-feira.
Outro ponto acordado com a comissão pela FCA e a PSA foi a permissão para que os concorrentes acessem suas redes de reparos e manutenção de vans para ajudar os novos participantes a se expandir no mercado, disse o fiscal da concorrência da UE.
Toda a negociação é bem complexa e envolveu, inclusive, uma promessa da PSA em aumentar a capacidade de produção da Toyota em sua fábrica de van Sevelnord na França para superar as preocupações de que uma fusão FCA e PSA teria uma participação de mercado combinada de 34% para veículos comerciais leves na Europa, superando Renault e Ford, cada um com uma participação de 16%, a Volkswagen com 12% e a Daimler com 10%.
A aprovação da UE supera o maior obstáculo à fusão, que criará a quarta maior montadora do mundo. Batizada de Stellantis, a nova empresa será proprietária de marcas como Fiat, Jeep, Dodge, Ram e Maserati, Peugeot, Citroen, Opel e DS.
"A FCA e o Groupe PSA acolhem calorosamente a autorização da Comissão Europeia que autoriza a fusão e a criação da Stellantis, líder mundial em nova mobilidade", disseram as empresas. "A conclusão da fusão está previsto para ocorrer no final do primeiro trimestre de 2021."
O acionista controlador da FCA é a Exor, holding da família Agnelli da Itália, enquanto os investidores da PSA são a família Peugeot, o governo francês e a Dongfeng da China.
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