Velha promessa da Renault, a picape Alaskan enfim teve sua produção na Argentina confirmada, como revelou Pablo Sibilla, presidente da marca no país vizinho, durante uma coletiva de imprensa. A fabricação em Santa Isabel, ao lado da Nissan Frontier, começará no final do ano e, por enquanto, seu lançamento está confirmado somente para a Argentina, sem indicações se será oferecida também no Brasil.
A Renault Alaskan nasceu do projeto da nova Nissan Frontier, usando não só a mesma plataforma, como motores e carroceria, alterando somente a grade frontal, os logos internos e a central multimídia. Até o volante é o mesmo da sua irmã japonesa. Vale lembrar que projeto incluía mais uma picape, a Mercedes-Benz Classe X, que acabou cancelada pela marca por não ter conquistado os clientes.
O fim da Classe X teve um papel importante no atraso da Alaskan, pois o modelo da Mercedes-Benz também deveria ter sido feito na Argentina. Quando a marca alemã recuou, causou um problema operacional para a fábrica em Santa Isabel, que havia se preparado para montar as três picapes e agora lidaria com um volume de produção muito menor. Além disso, a Renault tentava encontrar uma forma de posicionar a Alaskan no mercado sem que a concorrência com a Frontier virasse um problema, já que são muito parecidas.
Segundo a Renault, a empresa esperava por um bom momento para iniciar a produção da marca, sem nunca descartá-la por completo. Tanto é que, em janeiro, os executivos disseram que o projeto continuava vivo e que as condições fiscais na Argentina seriam uma oportunidade, por conta da isenção de alguns impostos para veículos comerciais.
Os executivos da Renault dizem que, a princípio, a produção da Alaskan irá atender somente a Argentina, embora estudem oferecer a picape em outros mercados da América Latina – entre eles o Brasil. Tudo irá depender se a operação de cada país terá interesse em adquirir algumas unidades. Para a Renault na Argentina, investir na picape vale a pena pois a marca conta com uma rede de concessionárias muito maior do que a Nissan, permitindo que conquiste uma parte maior do mercado.
Assim como a Frontier, a Alaskan terá motores 2.3 diesel com um único turbo, que gera 160 cv e o 2.3 biturbo diesel de 190 cv, com as opções de câmbio manual de 6 marchas ou automático de 7 posições. Dependendo da versão, pode ter tração traseira ou 4x4 com reduzida. Nada de versão flex para o nosso mercado, algo que foi descartado também pela Nissan por conta do custo de desenvolvimento não compensar o investimento para uma motorização que vende pouco.
Já no Brasil, a Renault Alaskan chegou a ser mostrada ao público no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018, de forma bem tímida – tanto é que estava ausente nos dias de imprensa. A fabricante já desconversava sobre seu lançamento no nosso mercado, justamente pelos problemas de posicionar uma picape inédita da mesma forma que a Nissan Frontier, que já tem um nome conhecido. Caso ela venha, espere por valores entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, da mesma forma que o modelo da Nissan.
Fonte: Argentina Autoblog
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