A divisão M da BMW tem trabalhado bastante ultimamente, mesmo que a pandemia de coronavírus tenha reduzido o ritmo da indústria global. A preparadora lançou vários carros nos últimos cinco anos e ainda prepara mais novidades. O site australiano Whichcar teve a oportunidade de falar com Markus Flasch, CEO da BMW M, e perguntar um pouco sobre seus planos e os desafios que a marca enfrentará.
Com quase metade de todos os carros da fabricante contando com uma variante M, algumas pessoas reclamam que a identidade da preparadora está perdendo credibilidade. O executivo explica que a "M nunca foi uma marca de competição para a BMW. A M é um exagero do que a BMW representa em termos de prazer ao dirigir. A M suplementa a BMW e continuará a fazer isso."
Muito do hype recente da BMW M é atribuído ao relativamente modesto M2, sucesso de crítica e de público. Flasch afirma que o M2 é "o pacote menor, mais nítido e mais áspero" quando comparado com o M3 ou o M4. "Estes carros não competem entre si. Estou feliz com esta divisão que temos e iremos manter assim."
Em cinco anos, a marca M cresceu mais de 200% e, enquanto as vendas estão melhor do que nunca, ainda há dúvidas se os esforços com os carros a combustão podem ser minados pelos planos de eletrificação da BMW. Para Flasch, isso é uma questão de balancear o portfólio e os modelos M serão os mais eficientes possíveis, descartando qualquer perigo.
E será que veremos um híbrido ou elétrico da BMW M? "Nós não vacilamos ou comprometemos o caráter distinto que nossos carros M têm hoje", responde o executivo. "Um carro eletrificado, seja um plug-in ou elétrico, precisa superar seu predecessor e eu sei que há limites físicos, mas dentro dos limites das dimensões de trabalho, nós iremos fazer isso acontecer.”
Quando questionado sobre a razão da potência não ter subido tanto nos últimos carros da marca, ele diz que não reconhece nenhuma ordem para segurar os números para ficarem iguais aos da concorrência, mas que precisa oferecer um pacote que é acessível a todos. "Poder não é nada sem controle, certo? E se não houver algo com muita potência, é apenas uma questão de como você prepara carro e como torná-lo acessível", ele explica. "Olhe para 10, 15 anos atrás e, se você imaginava 625 cv em um sedã, você provavelmente ficaria assustado. Agora eu posso colocar 625 cv num M5 e dá-lo para minha mãe dirigir no inverno que ela ficará bem. É uma questão de como você incorpora tudo em um veículo que é acessível para todos, e a M sempre foi brilhante nisso. Não espere um limite de potência”, encerrou o chefão.
Fonte: whichcar
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