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Consultoria automotiva: Como não ser enganado na oficina?

Algumas dicas evitam que você pague a mais por algum serviço desnecessário

Como escolher sua oficina

Durante nossa consultoria, nos vimos diante de diversos relatos e desabafos de clientes que mostram alguns motivos de ter tanto medo na compra de um carro seminovo ou usado. Um dos maiores anseios é sobre não conhecer uma oficina de confiança e o medo de serem enganados, então acabando se rendendo a carros 0km e presos a concessionários. A RB Consultoria montou um manual com 20 dicas que vão lhe ajudar a escolher uma oficina que te atenda com baixo risco de golpes e desonestidade dividindo em 3 fases.

Se seu carro está em garantia

  1. Revisões obrigatórias

O fabricante exige que sejam realizadas todas as revisões estipuladas pela engenharia em um determinado prazo ou quilometragem. Dentro deste plano há um conjunto de itens obrigatórios. Você não precisa efetuar nenhum serviço a mais do que está no manual de manutenção e garantia para manter a cobertura do veículo.

  1. Entenda o que são peças de desgaste

Todos os itens que possuem desgaste natural não precisam ser substituídos em concessionária para manter garantia. Esses itens são aqueles que possuem movimentação ou atrito constante, como por exemplo:

  • Pneus
  • Amortecedores
  • Correias do motor
  • Sistema de freios
  • Embreagem
  • Palheta do limpador de para-brisa
  • Lâmpadas

Mas atenção. Apesar desses itens serem passivos de troca fora da concessionária, eles se enquadram em garantia para casos de desgaste prematuro.

  1. Entenda a diferença entre manutenção corretiva e preventiva

Como o próprio nome diz, a manutenção corretiva atua para corrigir falhas, quebras ou defeitos, realizando intervenções que façam com que os carros retornem à operação normal. A manutenção preventiva tem como objetivo evitar quebras e o aparecimento de falhas em máquinas e componentes.

  1. Você é livre!

Você não precisa efetuar as revisões no mesmo lugar onde comprou seu veículo. O fabricante é claro quando diz que se pode usar qualquer concessionária tanto para revisões quanto para garantia ou qualquer outra coisa que precise.

Escolhendo uma oficina

Como escolher sua oficina
  1. Certificados e diplomas

Caso não tenha uma oficina de confiança, a procura pode ser baseada em certificações como Cesvi, Oficina Brasil ou IQA (Instituto de qualidade automotiva). Afinal para ter um desses avais é preciso não só se sujeitar à auditoria, mas às vezes também pagar por isso.

  1. Adequação a tecnologia

Os carros estão cada vez mais tecnológicos, sendo operados por diversos módulos e sensores. Isso dificulta ou até mesmo impossibilita um diagnóstico perfeito caso a oficina não disponha de aparelhos específicos para averiguação. Sem isso, o reparo pode ter o dobro do preço devido ao famoso “tentativa e erro”.

  1. Atendimento

O primeiro contato pode denunciar como será sua vida no decorrer do serviço. Falta de resposta, demora pra atendimento, desorganização, não gerar orçamento prévio do reparo, carros sendo reparados em meio a calçada e sem processo já mostram como será feito seu serviço.

  1. Reputação

Atualmente, uma empresa atualizada possui redes sociais nas quais você pode verificar a opinião de outros clientes e até mesmo usar sistemas de pesquisa como o Reclame Aqui. Lembre-se, no entanto, que quanto mais clientes ela tiver, mais reclamações pode ter.

  1. Nada é mais caro que uma oficina barata!

Sabemos como é tentador um orçamento muito mais barato, mas lembre-se que no ramo automotivo existe uma série de peças paralelas que comprometem a segurança, bem como procedimentos errados que maquiam ao invés de resolver o problema raiz.

Hora de começar o serviço

Como escolher sua oficina
  1. O pessimista!

Desconfie de mecânicos que condenam tudo o tempo todo. Fique atento a oficinas que detonam sistemas do carro, como motor, câmbio e suspensão, e sugerem trocar tudo. 

  1. Seja interessado(a) no serviço

Principalmente em lojas de suspensão, fique colado na inspeção que o técnico fará. Um golpe muito comum é, na menor distração do cliente, alguém jogar óleo na haste do amortecedor e dizer que a peça está vazando. Comunique, antes de começar o serviço, que você irá levar todas as peças danificadas que forem trocadas por novas.

  1. Seja detalhista

Seja chato. Peça ao especialista responsável para te mostrar cada item que tem de ser trocado e explicar a razão da necessidade da troca. Pergunte o que não funciona nas peças e como isso se reflete no carro. Informe-se antes e questione diagnoses, pois isso mostra que você não é um total leigo. Desconfie se o mecânico começar a dar argumentos muito superficiais e subjetivos, como por exemplo: “Tem que trocar o amortecedor porque seu carro está quicando quando passa numa valeta”, ou “é necessário trocar as velas com menos de 5.000 km porque o combustível é muito ruim”.

  1. Não aceite termos técnicos

Fique atento quando o profissional começar a usar em excesso nomes de peças e termos difíceis. Muitos se valem disso para intimidar o cliente e fazer com que ele aceite o diagnóstico mais catastrófico. Mais uma vez, tente se informar e peça ao técnico para explicar, de forma detalhada, o problema que o componente tem. É um direito seu, peça para aguardar, se informe através de google, fóruns e amigos experientes. 

  1. Bola de cristal

Suspeite também do profissional que, só de ouvir seu carro, já condena o motor. Alguns ruídos obviamente sugerem defeitos específicos, mas não é possível sugerir uma retífica só pela audição. 

  1. Orçamento grátis

A oficina diz que faz o levantamento sem custo, mas quando chega o documento, mais parece uma receita médica. Leia com atenção o que será feito e que peças serão trocadas, de olho em itens desnecessários. Questione a quantidade de serviços e não aceite o orçamento logo de cara, questione!   

  1. Provisionamento de gasto

Muitos casos não terão como ter orçamento completo e de forma antecipada, apenas desmontando. Normal, mas fique de olho. Se o caso for grave e for preciso abrir o motor, solicite que a oficina primeiro dê uma previsão de gasto mínimo e máximo. É uma maneira que você tem de se precaver de preços exorbitantes, já que o mecânico vai precisar olhar o conjunto para ter ideia do que é necessário fazer.

Antes de abrir, é preciso deixar claro quanto o cliente deverá gastar - no mínimo R$ 3.000, e no máximo R$ 7.000, por exemplo. Só depois do aceite é que a oficina vai mexer no motor. É a maneira honesta para pôr o cliente a par da situação antes de qualquer reparo. 

Os principais mitos de oficina

Como escolher sua oficina
  1. Limpeza de bico

Esse é um dos mitos das oficinas, mas é o termo usado para se “regular” os bicos injetores. Não necessariamente a oficina está querendo te enganar, mas é preciso que o estabelecimento tenha o equipamento específico para o serviço. Se o mecânico sugerir "limpar com gasolina e jogar um ar", corra para outro lugar. Os bicos devem ser colocados um a um em uma espécie de caixa. O equipamento mede a vazão de cada bico injetor.

Se tiver alguma diferença, a máquina “bate” por cerca de uma hora para equalizar a vazão de todos os componentes. Se o veículo precisar deste procedimento, ele vai te dizer através dos seguintes sintomas: alto consumo de combustível, perda de desempenho, dificuldade de partida e excesso de fumaça no escapamento, entre outros menos comuns. 

  1. Alinhamento, balanceamento e cambagem

A suspensão é feita de diversos componentes e normalmente as oficinas sempre fazem esses serviços, mesmo sem necessidade. O honesto é pedir para que verifiquem os ângulos da suspensão e você compare com os valores que estão no manual do seu veículo. Se estiverem dentro da normalidade, não há necessidade de efetuar o serviço. O desbalanceamento causa trepidação no volante ao manter alguma faixa de velocidade. Se seu carro não apresenta esse sintoma, não há necessidade de realizar o balanceamento. Por via das dúvidas, também é possível pedir o teste na sua frente, pois uma máquina específica mostra os valores, que devem se aproximar de zero. 

  1. Descarbonização do motor

Não existe aditivo, flushing ou outros produtos milagrosos que eliminem o resultado de carbonização do motor. Existem maneiras de evitar sua formação, como troca de óleo e filtro, combustível de boa qualidade (etanol ou do tipo premium), rodar em velocidade constante, etc, Caso o veículo apresente esse defeito, prepare o bolso, pois há necessidade de desmontar muitas peças do motor e efetuar uma limpeza química. Não existem aditivos nem em oficinas e nem postos capazes de substituir esse serviço. 

  1. Freio

O mecânico falou que precisa trocar o freio porque está assobiando quando se freia leve ou trepidando na frenagem mais brusca? Corra que é cilada! Sujeira e resto de água podem provocar esse ruído mais agudo. E, se tem o carro tem ABS, a trepidação pode ser justamente o sistema funcionando em paradas mais fortes. Atenção: troca de pastilha não requer, necessariamente, a troca de disco. Se o mecânico condenar os discos sem sequer medir sua espessura, está te enrolando. Peça foto do conjunto e pergunte qual a espessura do disco.

A RB Consultoria é parceira do Motor1.com Brasil. Com métodos exclusivos, faz a análise de perfil e vistoria dos veículos para ajudar na busca de um carro novo, usado ou seminovo. Para mais informações, acesse o Instagram @rbconsultoriaautomotiva

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