Conhecido como Projeto Cyclone, as novas gerações de Ford Ranger e Volkswagen Amarok, que seriam feitas na Argentina, passou por uma importante mudança. Segundo os jornais Ámbito Financiero e El Cronista, a Volkswagen desistiu de produzir a nova picape no país, e avisou a Ford desta alteração nos planos. A decisão é que o complexo de General Pacheco seguirá fazendo a geração atual da Amarok, que ainda deve ter uma atualização. E, se a nova geração vier, será importada da Tailândia ou África do Sul.
O motivo na mudança dos planos seria a situação do mercado argentino. Já abalado pela crise financeira, o país está em uma situação ainda pior com a quarentena para conter o coronavírus. Isso levou a Volkswagen a focar no Projeto Tarek, que dará origem a um SUV médio no ano que vem, e a considerar manter a Amarok atual em produção por mais um tempo. As mídias argentinas dizem que a Ford avisou seus fornecedores na sexta-feira sobre o cancelamento do projeto no país.
Isso não significa que a Ford Ranger e a Volkswagen Amarok não serão mais desenvolvidas em conjunto. O site Argentina Autoblog conversou com fontes que participavam do projeto e ouviu que o plano continua em nível global, pois ainda é um projeto importante para as duas. A VW ainda vê a Ford como uma boa parceira com experiência em picapes e que pode dar uma nova chance para a Amarok no mercado global.
O Argentina Autoblog ainda cita outros motivos para o fim do projeto no país. Segundo o site, a decisão inicial teria sido tomada pela VW América Latina, que buscou apoio da matriz. Uma das razões seria que o time argentino não queria passar a picape para a Ford, já que foi um produto é visto como uma conquista da Volkswagen no país. Além disso, iria reduzir o ritmo de produção da fábrica, já que perderia um modelo da linha de produção.
Esta decisão da VW América Latina ainda teria renovado um dos aspectos da Autolatina: o ressentimento entre as duas fabricantes, com uma culpando a outra pelo fim do projeto no país. A Ford seguirá fazendo a Ranger, inclusive em sua nova geração, mas reduzindo muito sua projeção anual – quase como foi com a Nissan quando a Mercedes cancelou a Classe X e a Renault engavetou a Alaskan. Já a Volkswagen continuará com a Amarok atual, que logo mostrará o peso da idade e só poderá apostar na nova geração em versões mais caras, já que pagará mais impostos por vir de outros lugares do mundo.
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