Quando começou a mostrar o novo Onix Plus, a General Motors se apressou em dizer que o Chevrolet Cobalt continuaria à venda por ter um posicionamento diferente, mais voltado à vendas diretas. Parece que a fabricante percebeu que a estratégia não está dando certo, pois já começou a tirar o sedã de linha, encerrando as vendas do carro na Argentina. Com isso, apenas Brasil e Paraguai continuam a vendê-lo.
Analisando os números de emplacamentos do Chevrolet Cobalt, fica fácil entender porque a GM prepara-se para jogar a toalha e desistir do sedã. Na Argentina, ele emplacou somente 655 unidades em 2019, acompanhando a forte queda do mercado e, desde o início de 2020, teve apenas 17 unidades vendidas.
Este mesmo movimento acontece no Brasil. Em 2019, o Cobalt variava entre 900 e 1.400 unidades mensais, até que o Onix Plus chegou e o número caiu muito. Em dezembro, foram 786 veículos emplacados, o pior resultado do ano. Começou 2020 em uma situação ainda pior, despencando para 282 unidades em janeiro e, até o momento, foram registrados somente 76 Cobalt em fevereiro. No segmento, o único carro que vende menos do que o Cobalt é o Caoa Cherry Arrizo 5 – e a diferença entre os dois é de 109 unidades.
Lançado em 2011 para fazer a ponte entre Prisma e Cruze, o Cobalt teve uma vida complicada no Brasil. Embora tivesse amplo espaço e um porta-malas enorme, de 563 litros, ele teve um início difícil por contar somente com o motor 1.4 de 106 cv e 13,9 kgfm, que era pouco para o porte do carro - sem falar em seu visual polêmico. A marca logo teve que adicionar o 1.8 de 111 cv e 17,7 kgfm, usado até hoje. Já o problema do estilo foi suavizado com a reestilização lançada em 2015, com uma cara mais próxima da filosofia atual de design da empresa, além de receber mais equipamentos como a central multimídia MyLink 2.
Quando o Chevrolet Cobalt sair de linha, a GM passará a ter três opções de sedã no Brasil, com o Onix Plus Joy (o antigo Prisma), o novo Onix Plus e o médio Cruze. Embora os modelos mais baratos estejam indo bem no mercado, a vida não está tão fácil para o Cruze, por estar em um segmento que está perdendo força e pela própria marca desistir do modelo, encerrando sua produção em países como Estados Unidos e até mesmo na China.
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