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Nova geração do Mini é adiada por conta de custos e do Brexit

Marca irá manter os modelos atuais em linha por mais alguns anos

2020 Mini Convertible Sidewalk

Após muita briga, o Reino Unido finalmente conseguiu oficializar sua saída da União Europeia a partir do dia 31 de janeiro, após 47 anos fazendo parte do bloco. É o primeiro país a tomar tal decisão, e isso vem levantando muitas questões econômicas, a ponto de preocupar diversas fabricantes. Muitas delas afirmam que ainda farão cortes e fecharão fábricas na região por conta da decisão.

Por exemplo, a Honda irá fechar sua fábrica em Swindon até o final de 2021 (onde faz o Civic hatch), enquanto a Jaguar Land Rover anunciou uma parada temporária em suas quatro linhas de produção. Ford, Rolls-Royce e Aston Martin já expressaram suas preocupações sobre o impacto negativo do Brexit, e agora mais uma fabricante fala sobre como isso irá afetar os negócios.

Galeria: Mini John Cooper Works GP 2020

Em entrevista à agência Reuters, um porta-voz da BMW disse que o ciclo de vida dos modelos atuais da Mini serão estendidos além dos seis anos convencionais. Maximillian Schoeberl explica que a decisão foi tomada "por motivos de custo e por causa do Brexit." A BMW quer economizar 12 bilhões de euros (aproximadamente R$ 56,6 bilhões) até o final de 2022 através de cortes de custos feitos por redução nos gastos de desenvolvimento e no número de combinações de motores e transmissões disponíveis.

O analista Juergen Pieper afirma à Reuters que desenvolver uma nova plataforma custa algo em torno de 1 bilhão de euros (R$ 4,7 bilhões). Os carros existentes ainda terão que ser ajustados para se adequar às novas regras de emissão de poluentes na Europa, o que aumenta ainda mais os custos para as fabricantes. Junte isso com os investimentos necessários para desenvolver veículos eletrificados e as empresas terão que se adaptar para manter uma margem de lucro.

O ano de 2019 não foi muito bom para a Mini, já que as vendas caíram 4,1% para 346.639 veículos mundialmente, sendo que dezembro foi um dos piores meses, pois os emplacamentos caíram 17,7% para 27.514 veículos, se comparados com o mesmo mês de 2018. Este ano parece que será melhor, já que o Mini elétrico tem quase 80 mil pessoas interessadas, embora ainda tenhamos que esperar para ver quanto deles irão realmente comprar o hatch.

Já que a nova geração demora, a Mini trabalha na reestilização do Countryman, enquanto o novo Clubman deve ter um aumento no tamanho para ganhar mais jeitão de SUV. Ainda há rumores sobre um esportivo da marca com motor central, que serviria como carro de imagem da fabricante, mas que ainda não foi confirmado.

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