A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou nesta terça-feira (7) os resultados da indústria em 2019 e também revelou as expectativas para o setor em 2020. Em meio ao otimismo pela divulgação de números e previsões positivas, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, declarou que, "apesar do crescimento, ainda falta muito para atingir os índices de 2012" e defendeu que "o Brasil precisa resolver seus problemas de custo para ser mais competitivo no mercado internacional".
O ano de 2019 fechou com 2,79 milhões de veículos licenciados, uma alta de 8,6% sobre o resultado de 2018, marcando o quarto ano de crescimento seguido desde 2016, no auge da crise. Já a produção subiu menos, 2,3%, para um total de 2,94 milhões - muito por conta da queda de 31,9% nas exportações, principalmente devido à situação crítica da Argentina.
Para 2020, as previsões são de um ano mais positivo do que 2019. A Anfavea espera que o PIB do Brasil cresça 2,5% e favoreça o setor automotivo como um todo: retomada do emprego, inflação controlada, juros no menor patamar histórico, risco Brasil em baixa e retomada da confiança dos setores de comércio, serviços e construção tendem a impulsionar novos negócios.
Neste cenário, a previsão da associação é que a indústria produza um total 3,16 milhões de autoveículos (alta de 7,3%) e que o licenciamento alcance 3,05 milhões de unidades (crescimento de 9,4%) em 2020. No entanto, o setor segue pessimista quanto às exportações, prevendo uma queda de 11% para um total de 381 mil veículos. "Esperamos que a situação no Chile volte ao normal o mais rápido possível, mas a Argentina, o principal destino de nossos carros exportados, dificilmente vai reagir neste ano", ponderou Moraes.
Em seu discurso, o executivo também fez questão de explicar a aparente "dependência" das vendas diretas - que representaram 45,67% dos 2.658.927 automóveis e comerciais leves registrados em 2019, um incremento de quase 3 pontos percentuais em relação a 2018. Segundo ele, as vendas para as locadoras (que algumas marcas consideram nocivas) não chegam a 20% do mercado e que existe um montante considerável de modelos PCD, que, apesar de serem considerados como venda direta, são carros vendidos para o consumidor final.
A expectativa positiva para 2020 também pode ser creditada ao bom resultado de dezembro de 2019, que fechou com 262,6 mil autoveículos licenciados e registrou um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2018. Na comparação com novembro, o crescimento foi de 8,4%.
Fotos: divulgação
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