Após a circulação de rumores e especulações, a Hyundai finalmente oficializa nesta semana seus planos de entrada no segmento de picapes médias. Em entrevista concedida na Austrália, o CEO da marca no país, John Kett, confirmou o desenvolvimento do tão falada caminhonete e adiantou que o portfólio será formado por uma ampla gama de variações. O modelo terá capacidade de carga para 1 tonelada e será construído com chassi separado da carroceria, a exemplo das futuras rivais - leia-se Toyota Hilux, Ford Ranger, Volkswagen Amarok e Nissan Frontier. Kett também deixou a entender que a questão do design já foi finalizada e que os trabalhos agora estão concentrados no setor de engenharia.
"Superamos o primeiro obstáculo, que é como ela deve ser. Agora precisamos fazê-la funcional. Essa é a parte mais importante", afirmou. O executivo também não pareceu nada modesto quando às expectativas que alimenta em torno de projeto. "O que está claro para nós é que, se vamos apresentar uma picape, é melhor que seja a picape", disse.
Uma equipe coordenada pelo gerente de produtos, Andrew Tuatahi, também trabalha no desenvolvimento e atualmente está responsável por analisar quais serão as melhores variantes. Embora detalhes sejam limitadas, tudo indica que haverá uma gama realmente completa, ou seja, com opções de cabine simples e dupla, oferta de motores diesel e gasolina e tração 4x2 e 4x4.
Rumores indicam que uma variante de alto desempenho já estaria sendo planejada e teria como principal objetivo enfrentar a Ranger Raptor. O desenvolvimento desta versão, em particular, estaria a cargo da divisão esportiva N, capitaneada por Albert Biermann (ex-BMW). "Você tem que estar pronto para tudo, desde Hyundai e Kia, tudo é possível. Portanto, não há limitações", afirmou recentemente. A expectativa é que, assim como na Ranger Raptor, a picape N seja equipada com suspensão preparada para uso off-road, tenha visual com pegada mais agressiva e traga sob o capô um potente motor turbo.
Os custos de desenvolvimento estão sendo compartilhados com a Kia, que terá sua versão própria do projeto em 2022 (um ano depois da Hyundai). Países da Ásia e Oceania serão os primeiros a receber a picape, principalmente a Austrália (mercado bastante consumidor de caminhonetes médias). Não por acaso, há grandes chances de que a produção seja concentrada na Indonésia, que compartilha o status de livre comércio com os australianos. Por lá, a Hyundai erguerá uma fábrica ao custo de US$ 1 bilhão com capacidade para produzir anualmente 250 mil veículos. A chegada a mercados da América Latina, África e Europa deve acontecer na sequência.
Vale lembrar ainda que as informações adiantadas por Kett (1 tonelada de capacidade e carroceria sobre chassi) levam a crer que o projeto tocado na Austrália é independente daquele que a marca desenvolve nos Estados Unidos. Na América, rumores dão conta do desenvolvimento de outra picape, no caso a versão de produção do conceito Santa Cruz, com estrutura monobloco e perfil mais urbano. A conferir.
Fonte: Wich Car
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