Embora tenha sido impactada pela crise econômica na Argentina, a indústria brasileira de automóveis conseguiu fechar o 1º semestre de 2019 com um resultado positivo. Foram fabricados 233,1 mil carros no período, 2,8% mais na comparação com o ano passado. Em comparação a maio, quando foram produzidos 275,7 mil veículos, a queda foi de 15,5%, e de 9% ante os 256,3 mil automóveis feitos em junho de 2018. Ainda assim, a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) acredita que é possível melhorar o resultado no 2º semestre.

Galeria: Volkswagen T-Cross - Fábrica São José dos Pinhais

Para a Anfavea, a queda na produção foi causada pelas férias coletivas em diversas fábricas e o fato de junho ter tido dois dias úteis a menos, além da redução no número de veículos exportados por conta da crise na Argentina. A situação no país vizinho, principal destino dos carros brasileiros, continua a puxar os números para baixo, marcando uma queda de 41,5% na exportação no acumulado do 1º semestre.

Embora a situação continue ruim, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea,  acredita que é possível retomar um cenário de crescimento ao longo do 2º semestre, no que o executivo chama de “segundo tempo”. Para Moraes, tudo irá depender da reforma da Previdência ser votada, além de uma redução dos juros e do aumento da oferta de crédito.

Como a entidade ainda espera pela votação da reforma de Previdência, preferiu não rever as projeções para 2019, de 11,3% para os licenciamentos de carros no Brasil e 8,9% para produção. O único número que foi revisto é o das exportações. Antes, a Anfavea acreditava que o ano seria marcado por uma queda de 6,2%, mas agora foi para 28,5% a menos na comparação a 2018.

Fotos: divulgação

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