Nissan não se opõe à fusão da Renault com Fiat-Chrysler
Se aprovada, fusão criará a terceira maior fabricante do mundo
A Fiat-Chrysler está conversando com a Renault sobre uma possível fusão e logo apareceram perguntas sobre a Nissan, a outra parte da Aliança. Será que a marca japonesa iria jogar um balde d’água fria por não querer se envolver, já que negou uma fusão com a sua parceira francesa? Segundo o jornal nipônico Nikkei, a Nissan não vê nenhum problema nisso, mas ainda teria que resolver vários detalhes antes de tomar uma posição a respeito.
Após receber a proposta feita pela Fiat-Chrysler, os diretores da Renault fizeram uma reunião com a Nissan e a Mitsubishi (outra marca ligada à Aliança). Ao invés de discutir o assunto que estava na pauta, a reunião acabou servindo para falar sobre a possível fusão. Jean-Dominique Senard, chairman da Renault, levou a proposta para a marca japonesa e, segundo o jornal Nikkei, ouviu um “não nos opomos” como resposta. Em nota enviada à imprensa depois, os membros da Aliança disseram que tiveram uma discussão aberta e transparente sobre a negociação.
Caso o negócio dê certo, a união de Renault, Nissan e Fiat-Chrysler criará a terceira maior fabricante do mundo, disputando diretamente com o Grupo Volkswagen e com a Toyota. O acordo ajudaria a reduzir custos de desenvolvimento das novas tecnologias e também de produção. A FCA procura por um parceiro há tempos, seguindo a visão de Sergio Marchionne (ex-CEO da marca que faleceu em 2019) de que o mercado automotivo terá cada vez menos empresas.
O que pode travar a fusão é a situação entre Nissan e Renault. O relacionamento entre as duas azedou desde a prisão de Carlos Ghosn, ex-CEO da Aliança e que buscava pela fusão entre as duas empresas. De acordo com a Bloomberg, a Renault deve anunciar sua decisão na semana que vem e pode realizar a fusão com a Fiat-Chrysler mesmo sem a Nissan, para só depois convidar a marca japonesa a fazer parte da nova companhia. A própria FCA disse que quer fazer a combinação com a Renault primeiro, mas que não deixará a Nissan e a Mitsubishi de lado.
Fonte: Automotive News
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