A Renault enfrenta nesta semana na Europa reclamações envolvendo o funcionamento de seu motor 1.2 TCe turbo, que teve mais 600 mil unidades produzidas nos últimos anos. De acordo com entidades que representam consumidores, o propulsor tem apresentado em alguns casos consumo exagerado de óleo e problemas de desgaste prematuro, especialmente quando usado em ciclos de condução urbana. Os defeitos estariam relacionados à baixa pressão do coletor de admissão, que estaria causando queima de óleo durante o processo de combustão e, consequentemente, comprometendo a vida útil das válvulas. Há relatos de colapso mecânico total, inclusive em veículos com apenas 60 mil quilômetros rodados.
Produzido em Valladolid, na Espanha, entre os anos de 2012 e 2016, o motor 1.2 TCe atende à regras anti-poluição Euro 5 e equipa veículos de diversas marcas do grupo, desde Renault, Dacia e Nissan e até Mercedes-Benz. A lista inclui Clio, Captur, Mégane, Scénic, Kadjar e Kangoo, além dos romenos Duster, Lodgy e Dokker, dos japoneses Qashqai, Juke e Pulsar e do rebadge Mercedes-Benz Citan (derivado do Kangoo). Oficialmente, a Renault ainda não reconhece o problema e vem sendo acusada pelas entidades representantes de omissão. Uma delas, a UFC Que Choisir, estima que os custos podem representar até 10 mil euros por veículo.
Dos 600 mil veículos equipados com este propulsor, 400 mil foram comercializados na França e os demais em outros países da Europa.
Fonte: Le Monde
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