Entre os R$ 8,5 bilhões anunciados para a fábrica de Betim (MG), a FCA destinará 500 milhões para a fábrica de motores da planta. Com inicio de produção comercial no final de 2020 com vendas em 2021, os GSE turbo marcam uma nova fase da marca no país, ao menos nas palavras de John Elkmann, chairman da FCA.
Chamados de T3 e T4, são os esperados Firefly turbo 1.0 de três cilindros e 1.3 de quatro cilindros. Diferente dos N3 e N4 (aspirados), terão mais tecnologias em prol da eficiência energética e estão sendo desenvolvidos prioritariamente sobre o etanol, combustível mais limpo que dá para a FCA mais pontos em redução de emissões e melhoria em consumo exigidos pelo Rota 2030.
No exterior, o 1.0 turbo tem 120 cv e 19,3 kgfm de torque, enquanto o 1.3 tem 150 ou 180 cv (dependendo da versão) e 27,5 kgfm de torque. Bloco e cabeçote são de alumínio, com 4 válvulas por cilindro, injeção direta de combustível e sistema Multiair nas válvulas de admissão. No lugar do comando de válvulas tradicional, atuadores trabalham em cada uma delas e, com isso, é possível determinar a abertura e tempo de abertura individualmente, inclusive com várias aberturas durante um ciclo.
Outras tecnologias são o intercooler para redução da temperatura do ar da admissão, bomba de óleo variável e controle eletrônico da pressão positiva (do turbo).
Turbo apenas com etanol?
O Brasil tem uma vantagem diante do resto do mundo. Com o etanol, temos um combustível de fonte renovável com emissão zero de CO² na combustão, algo que o resto do mundo busca com os elétricos. A FCA trabalha no motor chamado E4, baseado no T4 (1.3 T), turbo utilizando apenas etanol.
Utilizando apenas etanol, todo o sistema (taxa de compressão, acerto de injeção e materiais) é preparado apenas para ele, dando uma queima ainda mais eficiente e gerando economia de combustível e, ao mesmo tempo, potência. Segundo fontes, será uma alternativa aos elétricos e híbridos. Mas ainda está na fase de protótipo e não deverá chegar ao mercado antes de 2023.
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