Luiz Carlos Moraes tomou posse nesta terça-feira (23) como novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e também do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea). Fabricio Biondo também assumiu como 1º vice-presidente, ambos para a gestão 2019-2022.
Em seu primeiro discurso, o novo presidente falou sobre os desafios que a indústria automotiva enfrentará nos próximos anos. “É uma revolução nunca antes vista. O que está acontecendo lá fora é a maior e mais impactante transformação da indústria automotiva”, disse Moraes.
Ao mesmo tempo que analisa as mudanças, também coloca como desafio o entendimento da mudança dos nossos consumidores, que passam a ter também outros focos, “como o desejo dos clientes em querer muito mais conectividade, tanto para entretenimento como para segurança e que o ajude a se deslocar de maneira mais rápida e barata”, afirmou.
Outro ponto que já está no radar da nova diretoria da Anfavea são os dados pessoais gerados pelos usuários e/ou pelos veículos. Cada vez mais conectados, a entidade também trabalhará para auxiliar na regulamentação do uso destes dados e tratá-los dentro de uma lei de proteção de dados.
Pensando no futuro, o executivo também colocou em pauta os desafios dos veículos autônomos. Moraes citou que o setor automotivo não vai oferecer só o veículos, mas precisará avançar em sistemas cada vez mais complexos e caros de serem desenvolvidos. “A busca pela divisão de custos será inevitável”, afirmou.
“As montadoras sozinhas não conseguirão sozinhas avançar nessa nova era. São investimentos altíssimos que precisarão de parcerias, alianças ou fusões. Algumas já estão acontecendo”, disse o presidente.
A principal agenda da Anfavea será a competitividade e isso avançará por diversas áreas, com sugestões de mudanças complexas e outras mais simples. “A única alternativa é buscar competitividade para crescer. É crescer ou crescer”, afirmou Moraes. Defendida pelos principais executivos da indústria, ao diminuir os custos para se produzir veículos no Brasil, será possível reduzir a capacidade ociosa das fábricas e abrirá as portas para exportações.
Ponto fundamental para a Anfavea é a aprovação da reforma da previdência. Em seguida, o passo seguinte necessário será a reforma tributária com a simplificação dos tributos.
Luiz Carlos Moraes é economista e atua como vice-presidente da Anfavea desde 2012. Ingressou no setor automotivo em 1978 e iniciou sua carreira na Mercedes-Benz do Brasil na área de contabilidade, passando por diversas setores da empresa, como relações governamentais e comunicação corporativa. É graduado pela Fundação Santo André e possui pós-graduação na FGV, MBA no IBMEC e pós-graduação no INSEAD/França.
Sobre o 1º vice-presidente:
Fabricio Biondo é graduado em engenharia de produção e pós-graduado em marketing. Possui ainda cursos de extensão na Fundação Getúlio Vargas e na Universidade da Califórnia. O executivo atua há mais de 22 anos no setor automotivo com passagens por grandes empresas e pelas áreas de vendas e marketing. Atualmente é vice-presidente de comunicação, relações externas e digital da América Latina do Grupo PSA.
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