Que a Hyundai prepara uma mudança de média para pesada no HB20 não é mais novidade. Desde que o hatch foi flagrado em testes na Coreia do Sul e depois nas proximidades da fábrica paulista de Piracicaba, já se especula que o lançamento vai acontecer no segundo semestre de 2019, como linha 2020. A novidade, conforme flagra do nosso leitor Gustavo Francisco em São Luis do Maranhão, é que o hatch deverá trazer mais do que apenas novidades visuais.
Testes no calor do nordeste sugerem uma só coisa: vem mudança de motor e/ou transmissão por aí. Fontes ligadas à fabricante não confirmam, mas todas as evidências apontam para o uso do motor 1.0 turbo de 3-cilindros com injeção direta, como já existe na Coreia e na Europa. Por aqui, a Hyundai apostou na versão com injeção convencional, no coletor, mas os números de venda foram pífios - até pelo posicionamento intermediário entre os aspirados 1.0 e 1.6.
Agora a coisa muda de figura. O principal rival, Chevrolet Onix, chega também no fim do ano com uma nova geração e um inédito motor 1.0 turbo. Além disso, a Hyundai precisa reduzir seus índices de consumo e emissões, como as demais fabricantes têm feito, para se enquadrar nos regimes do Rota 2030. Sendo assim, pensar na substituição do 1.6 pelo 1.0 turbo GDI passa a ser uma alternativa bastante realista, por mais que a Hyundai Brasil aja com cautela depois da baixa receptividade da versão turbinada atual.
A adoção da injeção direta de combustível, entretanto, deverá resolver o principal problema do motor de hoje: alto consumo. Bebendo mais e entregando menos desempenho que o 1.6 aspirado, ele ficou perdido na oferta do HB20. Com a injeção direta, a Hyundai também poderá extrair mais potência e torque do que os atuais 105 cv e 15 kgfm do 1.0 turbo com injeção no coletor, para tomar o lugar do 1.6 aspirado (128 cv e 16,5 kgfm). Para efeito de comparação, basta citar o VW Polo 1.0 TSI, que entrega 128 cv e 20,4 kgfm num motor de concepção parecida (1.0 de 3 cilindros com turbo e injeção direta).
Na versão 1.0 aspirada, a Hyundai deverá enfim aposentar o tanquinho de gasolina da partida a frio, adotando o sistema de aquecimento do etanol como no 1.6. Já quanto as transmissões, pode ser que a marca coreana aproveite a caixa manual de 6 marchas tanto no 1.0 aspirado quanto no 1.0 GDI (hoje usa apenas no 1.6), também para efeitos de eficiência energética. O câmbio automático de 6 marchas deverá ser mantido, desta vez acoplado ao 1.0 GDI.
Conceito Saga mostrado no Salão do ano passado antecipa mudanças visuais na frente e traseira
Em termos visuais, o HB20 vai adotar a nova identidade visual da Hyundai, com nova grade e faróis, enquanto as lanternas vão crescer e aparecer na tampa traseira (como antecipou o conceito Saga no Salão do Automóvel do ano passado). A plataforma será mantida, mas pode haver um leve incremento na distância entre-eixos para ampliar o espaço no banco traseiro, o que é uma demanda principalmente da versão sedã HB20S.
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