O novo Toyota Corolla foi revelado em novembro na carroceria sedã e agora, presente no Salão de Detroit, tivemos nosso primeiro contato com ele. Embora o design da dianteira e traseira seja destinado apenas ao mercado americano, foi possível avaliar o aspecto geral do acabamento, espaço interno e porte da nova geração que será lançada no Brasil no segundo semestre.
Construído sobre a plataforma TNGA, a mesma do Prius e Camry, o novo Corolla traz uma evolução positiva em relação ao design. A Toyota conseguiu equilibrar bem o desenho do terceiro volume, com harmonia entre a traseira e o restante do carro. As linhas gerais são limpas, mas transmitem modernidade e sensação de um projeto maduro que vai demorar muito para envelhecer. No entanto, o Corolla brasileiro seguirá o visual da configuração europeia, mais conservadora, como você pode ver no flagra feito pelo Motor1.com Turquia.
O novo Corolla também ficou maior. São 4,64 metros de comprimento, 1,78 m de largura e 1,43 m de altura enquanto o entre-eixos manteve os mesmos 2,70 metros de comprimento. A pegada mais esportiva se dá pela frente encurtada 3,3 cm, enquanto a traseira cresceu quase 1,5 cm, como reflexo das possibilidades da nova plataforma. As alterações reduziram o centro de gravidade, montando o motor em posição mais baixa.
Por dentro, o painel foi inspirado pelo Prius. O console central flutuante e o freio de estacionamento eletrônico liberam mais espaço para os ocupantes dos bancos dianteiros, inclusive para as pernas. Todo o ambiente ficou mais clean com a adoção da tela multimídia no estilo flutuante e botões do ar-condicionado concentrados na região central. O espaço abaixo conta com uma área para o carregamento de smartphones por indução. Ponto crítico no habitáculo é o posicionamento dos botões Sport, e no caso do híbrido, do EV Mode - à frente da alavanca de câmbio.
Mesmo nesta configuração americana, geralmente mais simples pelo posicionamento como carro de entrada naquele mercado, o acabamento do painel tinha material emborrachado e áreas em couro acolchoado e costuras reais (diferente do atual, no qual o arremate é uma imitação de costura).
Em relação ao banco traseiro, os ocupantes viajarão com bom espaço para as pernas. Existe o relevo do túnel central, mas é bem baixo e não chega a incomodar. Ponto que talvez seja resolvido para o Brasil é a inclusão de uma saída de ar condicionado traseira, pois a versão americana não tinha. O porta-malas é amplo, mas segue com o sistema pescoço de ganso que rouba espaço interno quando fecha.
Em dezembro, a Toyota anunciou a produção do primeiro conjunto híbrido flex do mundo no Brasil. Previsto para o o segundo semestre, sua estreia deve acontecer junto com o novo Corolla. A nova geração do sedan é a grande aposta da montadora neste ano, e com a motorização híbrida flex, contará com um diferencial importante no segmento que já lidera com folga.
O novo conjunto híbrido flex será o mesmo utilizado no Prius, e faz uso de um motor 1.8 a combustão e um elétrico. Além dele, deverá ter o 2.0 flex atualizado com injeção direta, que pode-lhe render mais potência (lá fora rende 169 cv com gasolina) e economia. A transmissão continuará a ser automática do tipo CVT, com evoluções.
Por Fábio Trindade, de Detroit - EUA
Viagem a convite da Ford
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