A exemplo do Captur brasileiro, que trouxe o design do europeu para a plataforma do Duster, a terceira geração do Sandero nacional vai aproveitar as linhas do novo Clio, mas com uma base de custo menor. A dica já tinha sido dada pelo chefe de design da Renault, Laurens van den Acker, que disse que não quer mais carros da Renault com desenho da Dacia - exceto pelo Duster. E agora o Motor1.com Brasil apurou, com exclusividade, que o Sandero brasileiro vai se tornar uma variante do Clio europeu - e pode até mudar de nome.
Novo Clio europeu chega em 2019 e servirá de inspiração para o design do futuro Sandero nacional
Isso, porém, só deverá acontecer entre 2021 e 2022. Ano que vem, o Sandero brasileiro passará por mais uma reforma na atual geração, quando ganhará retoques na dianteira e uma traseira exclusiva, com lanternas que passarão a invadir a tampa do porta-malas - como no Mégane europeu. Será uma mudança de meio ciclo de vida, mas que já começará a diferenciar o Sandero nacional do modelo da Dacia vendido na Europa. A virada virá entre dois e três anos adiante, quando a terceira geração do hatch vai trocar de plataforma. A ideia da Renault brasileira, pelo que ouvimos de interlocutores da Renault, é unir a plataforma do próximo Dacia Sandero, mais robusta e menos sofisticada, ao design do novo Clio europeu, que será lançado em 2019 (é o carro camuflado destes flagras).
Assim como aconteceu com o Captur nacional, que ficou mais comprido que o europeu (por usar a base do Duster em vez da base do Clio como na Europa), o Sandero poderá ter algumas diferenças em relação ao Clio - especialmente no porte, uma vez que ele terá de manter o espaço interno como destaque. As simplificações da plataforma dependerão do que o Rota 2030 exigir, mas é fato que ele será feito sobre uma base nova - que na Europa sustentará o modelo da Dacia.
Antes da nova geração, Sandero nacional será reeestilizado em 2019, já se diferenciando do irmão da Dacia
Mas um Sandero com cara de Clio manterá o nome Sandero? Essa é uma questão que a Renault brasileira também está pensando. E a decisão tende a recair pela volta do Clio, ou até uma nomenclatura inédita. Apostamos que, assim como fez com o Captur, adotar o nome europeu ajudará a agregar prestígio para o carro, embora o Clio tenha morrido no Brasil como um hatch de entrada abaixo do Sandero.
O que está definido, no entanto, é que o Sandero brasileiro vai se descolar do homônimo da Dacia, que seguirá no mercado europeu como opção mais barata ao Clio, e se apesentar com o estilo mais arrojado dos Renault.
Antes previsto para 2019, a atualização do Duster no Brasil deverá ficar para 2020. A questão é que a Renault está trabalhando para adaptar o carro novo, cuja carroceria é toda inédita (embora semelhante à anterior), à plataforma atual, para conter os custos. "O Duster tem que se manter no patamar de preços de hoje, senão perde o sentido perante o Captur", explica um executivo da marca.
Outra opção em estudos é a vinda do novo motor 1.3 turbo de 150 cv, o que dependerá dos incentivos do Rota 2030. Ele viria para o lugar do atual 2.0 aspirado e equiparia não só o Duster como também o Captur. Ficaremos atentos para as cenas dos próximos capítulos...
Por Daniel Messeder, de Paris, França
Viagem a convite da Renault do Brasil
Fotos: Motor1.com
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