Sergio Marchionne faleceu nesta quarta-feira, 25 de julho. O executivo italo-canadense estava internado no Hospital Universitário de Zurique (Suíça) desde o dia 27 de junho, onde realizou uma cirurgia no ombro. Segundo os médicos, sua saúde piorou rapidamente após a operação e a situação ficou tão crítica que a diretoria da Fiat-Chrysler e da Ferrari fez uma reunião de emergência, escolhendo Mike Manley e Louis Camilleri para assumir o comando da FCA e da marca esportiva de Maranello.
As primeiras notícias sobre os problemas pós-operatório de Sergio Marchionne surgiram no dia 21 de julho. Ele estava tratando um sarcoma invasivo no ombro direito e, durante a operação, sofreu uma embolia cerebral durante a cirurgia, que causou danos irreversíveis. Entrou em coma e respirava com a ajuda de aparelhos. Os médicos tentaram retirar o equipamento, mas o executivo não respondeu e afirmavam que não havia chance de recuperação.
Nascido na Itália, Sergio Marchionne se mudou para o Canadá com a família quando tinha 13 anos, recebendo dupla cidadania. Era conhecido por sempre utilizar um suéter e raramente apareceu de terno e gravata. Marchionne comandou a Fiat desde 2004 e tinha fama por ser um workaholic extremamente sério, sempre pressionando seus subordinados. O formidável executivo da indústria automotiva foi responsável pela reviravolta da Chrysler em 2009. A fabricante americana havia pedido falência e Marchionne viu uma oportunidade, fazendo com que a Fiat adquirisse 20% da Chrysler. Foi apontado como CEO da empresa e a tirou do buraco. Em 2014, realizou a fusão entre as duas, criando a Fiat-Chrysler Automóveis, o maior feito de sua carreira.
Nos últimos anos, Marchionne mudou a estratégia da FCA, investindo mais nos SUVs com a revitalização da marca Jeep, tornando-a global. Também trabalhou duro para separar a Ferrari da Fiat, com sua própria operação e finanças. Era visto constantemente nas corridas da Fórmula 1, sempre de olho no progresso da equipe na competição.
O anúncio da Fiat-Chrysler no início de julho foi uma surpresa, revelando que Marchionne passaria por uma cirurgia por um problema no ombro. Desde então, ouvimos relatos de que o CEO tinha um grande tumor no ombro direito e que sofria de dor crônica, o que estava afetando seu trabalho
Como a Fiat é praticamente um tesouro nacional para a Itália, tributos já começaram a aparecer por todo o país. Marchionne deixa sua parceira, Manuela Battezatto, e dois filhos.
Fonte: Bloomberg
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