A Hyundai é uma das fabricantes que mais investem no segmento dos carros com célula de combustível abastecida com hidrogênio. O Nexo, seu novo crossover, é o próximo passo da empresa para levar esta tecnologia ao público. Comparado com o Tucson FCEV, o novo modelo será mais rápido, mais confiável, mais eficiente e mais espaçoso. Ainda não falam muito sobre o veículo, mas a Hyundai está empolgada para falar sobre a tecnologia que o move.
Apesar de ainda ser um SUV, como o Tucson, o Nexo utiliza uma plataforma única, feita sob medida para atender às necessidades dos carros movidos a hidrogênio. Isso significa, por exemplo, que tem uma estrutura reforçada em volta dos tanques de combustível. Três tanques ficam posicionados embaixo do assoalho, com uma bateria de íon-lítio no porta-malas. O carro carrega 6,3 kg de hidrogênio, contra os 5,6 do Tucson, com um compartimento que pesa 16 kg menos. As células de combustível (que convertem o hidrogênio em eletricidade) também são menores. Ao colocar todas as partes que se movem (o motor e os componentes de arrefecimento) embaixo do capô, a Hyundai diz que o Nexo impede que a maioria do barulho invada a cabine. As células de combustível geram 95 kilowatts de potência, combinados com a habilidade da bateria de entregar 40 kW, o que significa um total de 135 kW para o motor, o equivalente a 183 cv.
Este motor elétrico é mais potente do que o anterior. Agora tem 163 cv de potência e 40,2 kgfm de torque, um ganho de 27 cv e 9,6 kgfm. Como resultado, a aceleração do Nexo é consideravelmente melhor do que do Tucson FCEV: apenas 9,9 segundos para chegar a 92 km/h, contra os 12,5 s do modelo antigo.
Os engenheiros da Hyundai dizem que o Nexo foi testado pelo o equivalente a 100 mil milhas (160,9 mil km), ou 10 anos de vida; teria que rodar por cerca de 150 mil milhas (241,4 mil km) para que as células de combustível atingissem o fim de sua vida útil. Ou seja, o carro deve durar o mesmo que um carro com motor a combustão normalmente fica nas ruas.
Os testes de durabilidade incluíram andar em altas altitudes no Monte Evans (Colorado), a 4,2 mil km de altura; atravessar a Towne Pass no Vale da Morte a 52°C de temperatura durante o dia; e enfrentar os -30°C durante a noite do Alaska. O último teste foi o mais importante, pois carros a hidrogênio normalmente tem problemas para ligar e gerar força em baixas temperaturas. Jerome Gregeois, gerente sênior de motorização "verde" da Hyundai EUA, disse que o Nexo, em uma condição de -30°C, aquece o sistema e fica pronto para rodar em apenas 30 segundos, enquanto o Tucson precisava de 90 segundos. "Em apenas alguns minutos, o carro gerará potência máxima", ele disse.
Como você pode esperar depois de tantas novidades, a autonomia também melhorou. A Hyundai espera que o Niro seja capaz de rodar por 563 km (350 milhas) com um tanque de hidrogênio, o equivalente a um rendimento de 24,2 km/l. Isso é o suficiente, segundo Gregeois, para dirigir de Los Angeles a Las Vegas sem reabastecer. E é bem melhor do que os 426 km do Tucson.
É claro, abastecer o carro é o grande problema. Existem poucos postos de combustível com hidrogênio ao redor do mundo a Hyundai diz que que não tem interesse em criar uma infraestrutura de reabastecimento. Então, como é o caso de qualquer carro com célula de combustível, terá uma vida complicada até que os postos de hidrogênio sejam tão comuns quanto os de gasolina - ou mesmo os de recarga de elétricos.
“Nós ainda veremos motores a combustão dominando o mercado até 2025 e, talvez até depois disso", diz John Juriga, diretor de motorização da Hyundai EUA.
Não está claro como e quando a Hyundai irá começar a vender o Nexo - o Tucson FCEV está disponível somente para aluguel e em apenas alguns lugares do mundo. O que está bem claro é o entusiasmo da Hyundai em construir um futuro com veículos movidos a hidrogênio.
Fonte: Hyundai
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