Após saídas abruptas ocorridas em 2002 e, posteriormente, em 2011, a espanhola Seat anuncia nesta semana seu retorno à Argentina com força total. Em entrevista concedida ao site IberoEconomía, o vice-presidente comercial da marca, Wayne Anthony Griffiths, adiantou detalhes sobre os novos planos e, de quebra, confirmou o desembarque também no Chile - com possibilidade de atuação em outros países logo na sequência. As operações acontecerão inicialmente via importação e quatro modelos foram confirmados até agora - Ibiza, Arona, León e Ateca. Em um futuro próximo, há estudos até para uma eventual produção no México, aproveitando as instalações da Volkswagen em Puebla.
"Analisamos todos os países e nossa intenção é reforçar nossa presença nos mercados onde já estamos presentes, como a Colômbia e o Peru, e chegar a outros, como Argentina e Chile, com os modelos Ateca e Arona, sem esquecer do Ibiza e do León", disse Griffiths. Questionado sobre a produção mexicana, o executivo não apenas confirmou os planos como também enumerou uma série de vantagens. "Produzir no México contribuiria para ganhar agilidade e reduzir um volume significativo de custos administrativos e obstáculos à comercialização na América Latina. Estamos analisando a situação", finalizou.
Até então restrita à Europa, a Seat vem passando por um verdadeiro processo de revitalização nos últimos anos. Sob o comando do grupo VW, a marca lançou uma série de novos modelos e ingressou em segmentos até então nunca antes explorados, como o de SUVs. Atualmente, são dois representantes nesta categoria (Arona e Ateca) e um terceiro, de grandes dimensões, deve surgir até meados do ano que vem. Em consonância com a renovação do portfólio, a empresa começou a atuar também em novos mercados, chegando não apenas à países da América Latina como também à nações do norte da África.
O anúncio de uma eventual operação fabril no México reforçará a atuação na região e pode ser interpretado até mesmo como indicativo de uma possível volta ao Brasil - onde a marca atuou entre 1995 e 2002. Por aqui, foram comercializados os modelos Ibiza (derivado do Polo) e Cordoba, além do multiuso Inca. Resta saber quais estratégias poderiam ser usadas para evitar a concorrência interna com os modelos da própria VW.
Fonte: IberoEconomía
Fotos: Divulgação
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