A Toyota anunciou recentemente na Venezuela o início da montagem local do sedã Corolla. Fabricado na planta de Cumaná com a premissa de atender exclusivamente ao mercado doméstico, o modelo chega às concessionárias da marca no país ao ritmo de apenas 20 unidades mensais. São expectativas comerciais pra lá de modestas e que refletem diretamente o péssimo momento político e econômico vivido no país. Não custa lembrar, o parque industrial automotivo venezuelano já foi o terceiro maior da América do Sul, mas hoje praticamente entrou em colapso. Em 2007, por exemplo, algo em torno de 500 mil veículos foram vendidos no país - número que foi reduzido para ínfimos 3 mil exemplares em 2016.
Diante de uma demanda tão baixa, a Toyota praticamente só mantém as operações para não fechar a fábrica. Além do Corolla, são montados por lá a picape Hilux e o SUV SW4 (localmente batizado de Fortuner), porém a volumes igualmente baixos - 80 unidades/mês. A planta tem capacidade para entregar anualmente 22 mil veículos, mas, somados os 3 modelos, deve fechar o ano com apenas 1.200 exemplares produzidos. "Temos conhecimento da atual situação da indústria", diz o presidente da Toyota Venezuela, Hiroyuki Ueda. "No entanto, estamos superando os obstáculos e a produção do Corolla para nós é motivo de comemoração", finaliza.
Visualmente, o sedã praticamente não muda em relação à versão vendida no Brasil. No entanto, o motor 2.0 de 143 cv já sai de fábrica adaptado para rodar tanto com gasolina quanto com GNV. O câmbio é sempre automático do tipo CVT. Outra peculiaridade é o fato de o consumidor poder pagar pelo modelo com bolívares ou dólares - tática usada pelas fabricantes para driblar o controle cambial, ter acesso à moeda americana e comprar insumos no exterior. Do contrário, seria impossível produzir localmente. Os valores praticados são de 145.600.000 bolívares (US$ 43.500) para a versão XEi e 162.600.000 bolívares (US$ 48.300) para o modelo GLi. Convertendo em reais, temos R$ 141.800 e R$ 157.500, respectivamente.
Fotos: Divulgação
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