Como qualquer outra grande montadora de alcance global, a BMW não tem passado imune à crescente e arrasadora "onda SUV". Em entrevista concedida recentemente ao Motor1 EUA, o presidente do grupo alemão, Harald Krüger, disse estar sentindo na pele os efeitos dessa nova tendência ao verificar profundas mudanças no comportamento de compra de seus clientes. De acordo com o executivo, está havendo atualmente uma migração de consumidores do sedã Série 3 para o crossover X3.
"Há pessoas que se deslocam do sedã da Série 3 para o X3", disse Krüger. "A maioria dos clientes nunca volta e é leal a estes SUVs. Eles apreciam a posição elevada do assento, gostam da visão geral do trânsito, gostam da funcionalidade, gostam de viajar sobre áreas difíceis", finalizou. Essa tendência, vale destacar, não é de toda ruim para a BMW. Primeiro porque o cliente se mantém na própria marca, e depois porque os lucros obtidos com a venda do X3 são maiores em relação ao três-volumes.
Os alemães sabem muito bem disso e mantêm em produção nada menos que 5 SUVs (X1, X3, X4, X5 e X6), sendo que mais dois (X2 e X7) devem chegar ao mercado em breve. Não por acaso, as vendas dos carros de passeio da marca caíram 11,4% nos EUA em 2016, enquanto a demanda por SUVs cresceu 13,5%. Atualmente, os modelos da linha X respondem por 37% de tudo o que a BMW comercializa na América do Norte.
Com a chegada dos inéditos X2 e X7, esse participação deve aumentar consideravelmente. Tanto é que a própria marca admitiu que o peso e a importância do mercado norte-americano foram determinantes na decisão de desenvolver um SUV maior que o X5. "Temos a China e a Rússia como grandes mercados. Mas sem a grande demanda americana, provavelmente seria muito difícil fazer esse produto", confessou Krüger.
Fotos: divulgação
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