Se arrependimento matasse... Quando decidiu se estabelecer em Jacareí, a Chery talvez não tenha conversado com a GM, que tem uma relação tumultuada com o Sindicato dos Metalúrgicos daquela região. Problemática a ponto de a empresa já ter considerado mais de uma vez desativar sua fábrica por ali. E a chinesa começa a sentir os efeitos de sua escolha com uma greve deflagrada na última quarta (28). Por 24 horas, segundo o G1, os operários cruzarão os braços para aumentar a PLR e o piso salarial.
PLR é a sigla para "participação nos lucros e resultados", mas a Chery vem tomando seguidos prejuízos com a fábrica brasileira. Pensada para fabricar 150 mil veículos por ano, a planta teve capacidade reduzida para 50 mil unidades. E teria ocupado menos de 10% de sua capacidade produtiva em 2015, segundo estimativas do próprio sindicato.
A Chery ofereceu PLR de R$ 4.000 e um piso salarial de R$ 2.300, ambos recusados pelo sindicato, que diz que nenhum valor de PLR foi pago desde 2015, provavelmente por não haver lucros a participar, e que a intenção é equiparar os salários do pessoal da Chery ao de outros trabalhadores da região. A entidade pedia uma PLR de R$ 12.000, meta já reduzida para R$ 10.000.
Enquanto a empresa não apresentar o Tiggo 2 e não o fabricar na unidade, as chances de haver lucro ou equiparação salarial são pequenas. O risco de a empresa se cansar do Brasil, por outro lado, cresce bastante diante de um mercado que não reage e de um sindicato que faz jogo duro com quem já anda enfraquecido.
Fonte: G1
Fotos: arquivo Motor1.com
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