Considerado por décadas um dos nomes mais fortes do grupo Volkswagen, Ferdinand Piëch deve se desfazer da participação que detém na empresa e se afastar definitivamente do mundo dos negócios. Conforme relata a agência de notícias Bloomblerg, o executivo colocará à venda já nos próximos meses as ações que controla na Porsche SE (14,7% do total), marcando o fim de uma era à frente da companhia. A Porsche SE, vale lembrar, é a holding que tem poder sobre 52% de todo o grupo VW.
Piëch é sobrinho do fundador da Porsche e sempre lembrado como dos mais respeitados da área dentro e fora da Alemanha. Nas décadas de 1960 e 1970, por exemplo, fez história ao contribuir com o desenvolvimento dos esportivos mais emblemáticos da marca. Em seguida, foi para a Audi, onde ajudou na criação da identidade da marca e na chamada virada tecnológica. Mais recentemente, comandou o processo de expansão da Volkswagen até torná-la líder do mercado mundial.
"É um dos poucos do meio automotivo que conseguiu combinar conhecimentos técnicos com habilidades de liderança estratégica", diz a publicação. A decisão de se afastar da empresa ainda é incerta, mas rumores apontam para o agravamento de conflitos familiares. Há cerca de 2 anos Piëch foi contra a recondução de Winterkorn para a cúpula do grupo, enquanto seu primo Wolfgang Porsche foi abertamente a favor.
A descoberta do escândalo do Dieselgate abalou fortemente a imagem da marca e, com o aprofundamento das investigações, Winterkorn passou a ser acusado de conivência e negligência com o caso - provando a teoria de "antipatia" de Piëch.
Mais detalhes serão divulgados em abril.
Fotos: divulgação
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