Se você acha que o segmento de SUVs compactos no Brasil já está ficando saturado de opções, é melhor mudar de opinião e dar uma olhada lá fora. No exterior, a categoria também vive um momento de forte expansão e abriga uma série de modelos (bem interessantes, inclusive) que não são oferecidos por aqui. Listamos abaixo 10 exemplos e arriscamos dizer que a maior parte deles seria muito bem-vinda no mercado nacional. Confira.
Você pode até desconhecê-lo por conta de seu visual exterior ser exclusivo e de o logotipo não corresponder ao de nenhuma marca vendida por aqui. Mas não se engane: o CDX é uma versão de luxo do HR-V feita pela Acura, divisão premium da Honda. Lançado em abril de 2016 no Salão de Pequim, ele tem motor 1.5 turbo de 182 cv (olha o que o HR-V Touring devia ser...) e câmbio automatizado de dupla embreagem com 8 marchas. Briga diretamente com Mercedes-Benz CLA e Audi Q3, com preços entre US$ 38 mil e US$ 46 mil na China. A Honda prometeu trazer a Acura ao Brasil em 2014, mas a crise econômica, o super IPI para importados e a alta do dólar atrapalharam os planos.
Caçula de linha de SUVs "Q" da Audi, o Q2 foi apresentado há exatamente 1 ano na edição passada do Salão de Genebra. É montado sobre a plataforma modular MQB e mede 4,19 m de comprimento, 1,79 m de largura e 1,5 1m de altura, com 2,60 m de entre-eixos. Sob o capô, tem motores 1.0 TFSI de 116 cv, 1.4 TFSI de 150 cv e 2.0 TFSI de 190 cv, além de opções turbodiesel. Além da Europa, é vendido em países vizinhos do Brasil, como Colômbia e Argentina. O desembarque por aqui, porém, é mais do que incerto: é improvável, por custo. Ele competiria com o Q3 fabricado no Brasil.
Assim como o Acura CDX, o Buick não deixa de ser conhecida dos brasileiros. Debaixo da carroceira exclusiva e do emblema da divisão premium da General Motors, o modelo tem a mesma plataforma do Chevrolet Tracker - recém-reestilziado aqui no Brasil. É equipado com o mesmo motor 1.4 turbo do irmão, mas com duas opções de potência: 140 cv e 20,4 kgfm ou 158 cv e 24,4 kgfm. Entre os equipamentos, destaque para o sistema multimídia IntelliLink com tela de 8" e Apple CarPlay/Android Auto, além de OnStar e 4G LTE com WiFi.
Irmão de plataforma do Jeep Renegade, o Fiat 500X já foi bastante cogitado para o Brasil, mas sempre teve seu lançamento nacional negado pela marca. Tem estilo mais urbano, com linhas inspiradas no hatch retrô 500 e apelo mais "chique" em relação ao irmão da Jeep. A lista de motores inclui as opções 1.6 de 110 cv, 1.4 MultiAir de 170 cv e 2.4 Tigershark de 182 cv, além dos diesel 1.3, 1.6 e 2.0. A FCA acreditava que o modelo poderia canibalizar as vendas do Renegade se fosse vendido aqui. Por isso, preferiu não trazê-lo.
Menor dos crossovers produzidos pela divisão de luxo da Nissan, o QX30 é baseado na plataforma MFA da Mercedes-Benz - a mesma que serve ao Classe A e ao GLA. Na prática, ele é um médio, mas o fato de ser derivado de um hatchback (o Classe A) nos fez incluí-lo aqui. Foi desenvolvido para brigar com Audi Q3 e BMW X1, e ao mesmo tempo atingir o público das gerações X e Y, na faixa dos 20 a 45 anos (idades de aproximadamente 80% dos consumidores deste segmento). É equipado com motor 2.0 turbo de 211 cv e câmbio DCT de dupla embreagem e 7 marchas. A Nissan até ensaiou trazer a Infiniti oficialmente ao Brasil em 2012, mas os planos não vingaram.
Desenvolvido na China, o SUV KX3 é uma das grandes promessas da Kia para o Brasil. O Stonic, que será um produto mundial, deverá se basear nele. E será produzido no México junto com o sedã Cerato e a nova geração do compacto Rio, usando a plataforma PB. Enquanto ele não chega, usamos o KX3 como referência. Sob o capô, o modelo chinês oferece três opções de motorização: 1.6 aspirado de 125 cv, 1.6 turbo de 160 cv e 2.0 aspirado de iguais 160 cv. O câmbio pode ser manual, automático (sempre com 6 marchas) ou ainda DCT de dupla embreagem e 7 marchas, no caso da versão turbo.
Baseado na plataforma do Mazda2, o interessante CX-3 é o caçula da linha de SUVs da fabricante japonesa, composta ainda pelos intermediários CX-4 e CX-5 e pelo grandalhão CX-9. Ele chama a atenção pelo design bem acertado e alinhado com a filosofia Kodo, trazida em 2010 pelo conceito Shinari. Na Europa, o modelo é vendido com motores SkyActivG 2.0 de 120 cv ou 165 cv e SkyActivD 1.5 diesel de 105 cv. O câmbio poder ser manual ou automático, sempre com 6 marchas. Tração integral é opcional. A Mazda também planejou voltar ao Brasil, mas assim como Acura e Infiniti, a estratégia não seguiu adiante.
Adepto do estilo "ame-o ou odeie-o", o Juke também já foi prometido para o Brasil. Em 2015, por exemplo, a Nissan anunciou em alto e bom som que iria lançá-lo por aqui, mas já se passaram 2 anos e tudo não passou apenas de promessa. É um dos grandes sucessos comerciais da marca na Europa e se destaca principalmente pelo estilo diferenciado - tanto do exterior quanto da cabine. É vendido com motores 1.2 e 1.6 a gasolina (ambos turbinados) e 1.5 a diesel. Tem até uma versão Nismo, com visual preparado e interessantes 200 cv. No Brasil, seria uma alternativa mais descolada ao Kicks.
Gêmeo alemão do Buick Encore, o Opel Mokka também é derivado do mesmo projeto que deu origem ao nosso conhecido Chevrolet Tracker. Reestilizado no ano passado, é um dos grandes sucessos comerciais da fabricante germânica na Europa. Como no irmão norte-americano, é equipado com os sistemas OnStar e IntelliLink - este responsável pela integração com o Apple CarPlay e Android Auto. A lista de motores inclui três opções: 1.4 turbo com 140 cv ou 152 cv e 1.6 turbodiesel de 136 cv.
Mais um produto da Toyota a apresentar a plataforma modular TNGA (que está também no Prius e no Camry), o C-HR é aguardado para o Brasil em 2018. Já está à venda nos Estados Unidos e na Europa, sendo oferecido em versões híbrida e tradicional a combustão. Mede 4,36 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,57 m de altura, 2,64 m de entre-eixos e, dependendo do mercado, por vir equipado com motores 1.2 turbo de 115 cv, 1.8 híbrido com ciclo Atkinson de 122 cv (potência combinada com motor elétrico) e 2.0 aspirado de 144 cv - o mesmo do Corolla vendido por aqui. É um dos primeiros frutos da nova safra de veículos "descolados" da marca.
Fotos: divulgação/arquivo Motor1.com
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