Um dos assuntos mais debatidos do mercado nos últimos anos, a tendência de motores pequenos e eficientes já começa a perder credibilidade. Em entrevista concedida ao jornal britânico Telegraph, ninguém menos que Herbert Diess, presidente da Volkswagen, declarou que a era do chamado downsizing simplesmente acabou. Segundo o executivo, a "teoria da eficiência" não tem sido comprovada na prática e testes reais têm colocado em xeque as vantagens da tecnologia.
"As emissões tendem a subir na medida em que os motores ficam menores", disse o chefão. A declaração tem relação com a diferença verificada entre provas de laboratório e os testes reais, que passarão a ser exigidos na Europa a partir de 2019. De fato, faz sentido: mesmo com turbo, um propulsor pequeno precisa fazer mais esforço que um maior para gerar a mesma energia. Talvez por isso a Volkswagen tenha trocado o motor 1.4 TSI pelo 1.5 TSI, que agora equipa o Golf 2017.
Dessa forma, motores sobrealimentados tendem a superaquecer quando os turbos (geralmente de tamanho reduzido) têm sua força exigida ao máximo, de modo a sobrecarregar todo o sistema. Nessas situações são verificados aumentos na emissão de poluentes como CO2, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos não queimados e monóxido de carbono.
A Volks diz que manterá o motor 1.0 de 3 cilindros em modelos como o up! e o Polo, e também confirma que não planeja desenvolver nenhum propulsor de menor deslocamento - como o 0.8 da Renault ou o 0.9 da Fiat. Ao mesmo tempo, adianta que motores a diesel menores que o atual 1.6 também estão descartados.
Na indústria, especialistas já falam no chamado rightsizing, que seria algo como "o motor ideal para o tamanho do carro". Aguardemos a chegada desta nova tendência.
Fonte: Telegraph
Fotos: divulgação
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