O National Insurance Crime Bureau, dos Estados Unidos, que luta contra fraudes em seguros, descobriu um método usado por ladrões para roubarem um número signficativo de carros de diversas fabricantes. Usando o que é por ora chamado de "dispositivo misterioso", a pessoa captura o código da chave e libera o acesso ao veículo. Quando equipado com partida por botão, o veículo pode ser ligado e levado pelo bandido.

Eles conseguiram um destes aparelho de "um especialista de segurança em uma empresa em outro continente". Ele é dividido em duas partes. Uma detecta o código da chave, e precisa estar a uma curta distância para funcionar. A outra transmite a informação para o veículo. Teoricamente, o equipamento foi feito para fabricantes e empresas de segurança checarem a vulnerabilidade dos sistemas de travas e alarmes. 

O aparelho foi testado em 35 veículos novos e usados de diversas fabricantes. Em 19 casos, os investigadores destravaram os carros, e 18 deles foram ligados. Em 12, os pesquisadores conseguiram ligar o motor e desligá-lo com o sistema, sem nenhuma dificuldade. Apenas quatro modelos da Chevrolet, modelo 2017, ficaram imunes. 

De qualquer forma, eles admitem que o teste não é cientifíco. Outras versões mais novas do aparelho podem ser mais eficientes e funcionar em outros veículos. 

Um outro time de pesquisadores descobriu um sistema similar que funciona em cerca de 100 milhões de veículos do grupo Volkswagen. Eles descobriram que a Volkswagen usa apenas 4 chaves de criptografia para seus veículos.

"Agora sabemos como o dispositivo funciona", disse Joe Wehrle, presidente do NICB. "Talvez não funcione em todos os modelos e fabricantes, mas certamente em número suficiente para os ladrões focarem e levarem com certa facilidade."

O único jeito de prevenir ou evitar esta ação nos carros atuais seria impedir que os ladrões obtivessem a encriptação das chaves, mas o NICB sugere apenas táticas simples. Por exemplo, não deixar objetos de valor no interior ou à vista dos ladrões e ficar de olho em pessoas suspeitas. 

Fonte: The National Insurance Crime Bureau 

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