Buenos Aires: Golf com motor 1.6 16V antecipa modelo brasileiro
Buenos Aires: Golf com motor 1.6 16V antecipa modelo brasileiro
Previsto para começar a ser fabricado em São José dos Pinhais (PR) em agosto, o novo Golf é um dos destaques da VW no Salão de Buenos Aires. Inicialmente importado do México, o modelo se diferencia das versões vendidas no Brasil pela opção Trendline com motor 1.6 16V EA-211, mesmo que equipa o Fox e o Gol Rallye no Brasil. Trata-se da versão mais em conta do Golf, vendida no país vizinho a partir de 233.534 pesos (cerca de R$ 77.800) e que responde por metade dos emplacamentos.
O Golf 1.6 "argentino" também serve como prévia da futura versão de entrada brasileira. A construção e acabamento esmerado estão lá, bem como o interior agradável e com materiais de boa qualidade. Externamente, a única alteração é ausência do logotipo "TSI" na traseira. O visual do painel é basicamente o mesmo da versão Comfortline, com uso extensivo de plástico metalizado (imitando aço escovado) e bancos de tecido. A central multimídia de 5,8 polegadas é item de série, mas sem navegação por GPS. O volante é o mesmo dos demais Golf, mas os comandos do som na direção são opcionais.
No modelo vendido na Argentina, o motor 1.6 16V bebe apenas gasolina e entrega 110 cv de potência e 15,8 kgfm de torque, sendo oferecido exclusivamente com câmbio manual de cinco marchas - o que não deixa de ser estranho, tendo em vista que o Fox com esse motor usa uma caixa de seis marchas. É possível que o Golf adote as seis velocidades no modelo nacional, mas isso ainda é dúvida. Certo é que no Brasil o motor será flex, elevando a potência para 120 cv e o torque para 16,8 kgfm quando abastecido com etanol.
Em teste pela revista argentina Parabrisas, o Golf 1.6 se mostrou agradável de conduzir e com números condizentes à sua proposta. Em suas medições de desempenho, a publicação elogiou as saídas (0 a 100 km/h em 11,3 segundos), mas disse que as retomadas são um pouco lentas (14,2 segundos de 80 a 120 km/h em quarta marcha), enquanto o consumo foi de 10,4 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada - lembrando que a gasolina argentina é pura, sem adição de etanol como a brasileira.
Para custar menos, o Golf 1.6 abre mão da suspensão traseira independente em favor do eixo de torção, mas ainda assim a revista elogiou o conforto e a dinâmica do hatch. Fica então uma boa expectativa para o Golf de entrada brasileiro, que deverá custar cerca de R$ 67 mil. Já as versões superiores, Comfortline e Highline, adotarão a versão flex do motor 1.4 TSI, de 150 cv, enquanto o GTI (2.0 TSI de 220 cv) deverá continuar vindo como importado.
Texto e fotos: Daniel Messeder, de Buenos Aires (Argentina)
Viagem a convite da Anfavea
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