Carros para sempre: Chevette Hatch era o membro que faltava na família
Primeiro carro mundial da GM, o Chevette teve a primazia de ser lançado primeiro no Brasil antes mesmo da Europa e EUA. Por aqui, ele estreou como sedã duas portas, mas logo em seguida ganhou uma versão hatchback na Europa (Opel Kadett City) e posteriormente nos Estados Unidos (Pontiac Acadian). No Brasil, este hatchback só chegaria no final de 1979, com visual baseado na reestilização do ano anterior. Apesar da demora em lançar a versão dois volumes, a GM do Brasil apostava forte no Chevette hatch, que buscava atrair um público mais jovem. Além da perda do terceiro volume, o hatch possuía visual peculiar, com o teto tendo uma caída mais suave que no sedã.
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Medindo 3,97 metros de comprimento e 2,39 metros de entre-eixos, a dirigibilidade também era melhor no hatch, graças à melhor distribuição de peso entre os eixos e à tração traseira, acentuando a boa fama em curvas que o sedã já tinha. Inicialmente, ele foi oferecido nas versões L e SL, equipadas com motor 1.4 de 68 cv e 9,8 kgfm de torque, sendo que esta versão hatchback chegou ao mercado já com as mudanças aplicadas aos modelos 1980 de toda a linha Chevette (sedã, cupê e a também a recém-lançada perua Marajó). Pouco tempo depois, o hatch passava a ser oferecido o motor 1.4 a álcool.
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Entre as atualizações constavam os novos para-choques, com faixa de borracha na porção central, nova grade frontal sem o logotipo "Chevette" da anterior e frisos laterais na versão SL. Na traseira, a principal novidade da atualização: lanternas maiores e envolventes, a primeira grande mudança na parte de trás do modelo, que conferiu um visual bem mais interessante. Por dentro, bancos mais estreitos e novo padrão de tecidos. Versão hatch, perua e novo visual. Todas essas novidades somadas garantiram o melhor ano de vendas para o Chevette em 1980, com 94.816 unidades, seu recorde histórico no mercado nacional. Além disso, no mesmo ano, o modelo ainda comemorou a marca de 500.000 unidades produzidas.
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Mas a boa nova mesmo viria em 1981: a nova versão esportiva SR. Restrita ao hatchback, ela trazia visual mais agressivo com destaque para a pintura degradê, spoiler traseiro, rodas exclusivas e os novos faróis quadrados (que mais seriam aplicados em toda linha). Além disso, outra novidade da versão SR era a estreia do motor 1.6 a gasolina de 80 cv e 11,6 kgfm de torque. Se o visual de 1978 era inspirado no Pontiac, para 1983 a GM apostava nos europeus Opel Corsa e Ascona. O Chevette passou por uma ampla reestilização externa e interna. Na parte dianteira tudo era novo: faróis retangulares, capô em cunha, grade em forma única e para-choque redesenhado. Na traseira, que passava a contar com uma pequena saliência, entravam novas lanternas retangulares. Outra novidade junto com a renovação visual era a opção pelo motor 1.6 a álcool. Janelas com quebra-ventos (na contramão da tendência mundial) e um novo painel de instrumentos completavam as mudanças.
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E a mudança de certo de novo: em 1983, o Chevette conseguia o feito inédito de ser o carro nacional mais vendido, com 85.984 unidades, desbancando VW Fusca, VW Gol e Fiat 147. O ultimo facelift veio em 1987 junto com o restante da linha: para-choques envolventes de plástico, nova grade dianteira e acabamento interno de melhor qualidade, somado a um painel de instrumentos mais completo na nova versão de topo SE. No mesmo ano, o Chevette Hatch era descontinuado pela GM, deixando a marca sem uma opção de hatchback de entrada até a chegada do pequeno Corsa em 1994.
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Apesar da trajetória relativamente curta, o Chevette hatch se destacou pela tração traseira, única no segmento, e conquistou um número considerável de fãs. Inovador nos anos 70, o modelo já sentia o peso da concorrência, que se mexia depressa: o VW Gol havia recebido o aguardado motor a água em 1986 e se tornara campeão de vendas a partir de 1987. O Fiat Uno que era um carro mais moderno e começava a se consolidar no mercado. Fora isso, havia ainda a concorrência do Ford Escort.
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O Chevette sedã ainda iria sobreviver no mercado por mais alguns anos, sendo produzido até 1993. Substituído pelo Corsa, um modelo de concepção completamente diferente, ele coleciona fãs até hoje.

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Foto de: Julio Cesar
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