Você sabe qual foi o BMW mais vendido no mundo em 2023? Sim, o X3, SUV médio que desbancou diversos nomes mais tradicionais dentro da marca, como Série 3 e Série 5, e também o mais vendido SUV médio premium do mundo, onde deixou pata trás Audi Q5, Mercedes-Benz GLE e Volvo XC60. Então não poderiam errar nesta quarta geração.
Importante também no mercado brasileiro, este novo BMW X3 chega ao nosso mercado em 2025. Apesar da marca não abrir quais versões serão vendidas por aqui, dirigimos a mais potente delas, M50, que substitui o antigo X3 M40i, com o 6-cilindros em linha, 3.0 turbo, agora híbrido-leve para chegar aos 398 cv. Ainda não sabemos preços, mas como referência, o atual X3 M40i custa R$ 604.950.
Este novo BMW X3, que atende pelo código tradicional da BMW por G45, mantém a base CLAR, mas já evoluída para a mesma que o BMW iX e as novas gerações dos Série 5 e 7, a mais moderna - o iX3, versão elétrica, terá uma vida própria na base Neue Klasse. Até por isso, o novo X3 não cresceu muito do que era, como 34 mm a mais em comprimento (4.755 mm) e um pouco em largura, mas ficou mais baixo em prol da aerodinâmica. No entre-eixos, os 2.865 mm são praticamente os mesmos do antecessor.
Com a evolução da plataforma, a carroceria não mantém praticamente nada de seu antecessor. Um visual mais alinhado ao que a BMW apresenta em seus novos modelos, com linhas mais limpas, mas uma grade bem destacada, com direito a iluminação ao redor nesta versão. A grade, na verdade, não tem mais função de refrigeração, mas guarda radares e sensores atrás de uma proteção e deixa apenas para uma grade ativa inferior essa função de entrada de ar. Existe uma grande preocupação em reduzir o arrasto aerodinâmico para melhorar a eficiência do X3 em todas as versões.
Por dentro, o novo X3 tem tudo o que já conhecemos nos BMW mais recentes. As duas telas integradas (12,3" para os instrumentos e 14,9" no sistema multimídia) usam o sistema operacional BMW OS 9, com diversos ajustes desde os LEDs do interior, seletor de modos de condução e navegação GPS integrada com informações de tráfego. Curioso é o ajuste das saídas de ar laterais, que estão nas portas, em uma peça com o escrito X3.
O BMX X3 M50 perdeu o i pois agora é destinada apenas aos elétricos agora. E ir de 40 para 50 é justificado pelo aumento de potência, que foi dos 387 cv e 51 kgfm para 398 cv e 55,1 kgfm com uma evolução do motor B58, o 6-cilindros em linha turbo da marca. O 3.0 é moderno, com turbo de duplo fluxo, injeção dupla (direta e indireta) e variadores de abertura e tempo dos comandos. A eletrificação veio com um motor elétrico no sistema híbrido-leve de 48 volts que adiciona 18 cv e 20,4 kgfm de torque auxiliares em algumas situações.
Toda a linha do X3 passou por mudanças dinâmicas. Desde uma plataforma mais rígida até novos ajustes da suspensão e bitolas mais largas, tudo melhora a dinâmica do SUV que tem como um dos pontos fortes justamente a dirigibilidade de um BMW. No caso do M50, o conjunto é ainda mais rígido, com amortecedores adaptativos e o conjunto completo diferenciado. Até mesmo a direção elétrica variável é mais direta e, na carroceria, braços amarram ainda mais a estrutura tanto na dianteira quanto traseira.
Além disso, o X3 M50 tem sistema de freios próprio, com pinças de quatro pistões na dianteira e respostas de pedal mais diretas e pronta para atender exatamente o que o motorista precisa. O diferencial traseiro M Sport consegue fazer o bloqueio de 0 a 100%, dependendo da situação específica a partir de análise de diversos sensores e acelerômetros.
Das quatro saídas de escape na traseira, um ronco bem característico dos BMW. O sistema ativo de abafadores permite que o X3 M50 tenha uma dose exata de ronco, que não incomoda, mas te lembra que este X3 está assinado pela divisão M. Pra quem ainda não está interessado em um carro elétrico e procura desempenho, é muito bom ter algo assim como opção.
Em uso normal, o X3 é confortável e segue afinado como um bom BMW. Já era bom, mas evoluiu na suavidade do câmbio automático de 8 marchas e no isolamento acústico e de vibração tanto de motor quanto do ambiente externo. Como nos Estados Unidos ruas esburacadas são raras, não deu para ver se o ajuste M prejudica, mas na estrada, é um carro bem familiar.
Mas basta afundar o pé para o X3 M50 apresentar seu 0 a 100 km/h em 4,6 segundos (declarados pela BMW) e como o sistema MHEV atua para reduzir o turbolag nas arrancadas e ultrapassagens. A tocada fica mais esportiva com a suspensão adaptativa mais firme, o que também evoluiu do antecessor. Dá para esquecer que é um SUV e entender os motivos pelos quais ele ainda existe no catálogo da marca que tanto investe em elétricos.
A BMW não confirma, mas existe uma chance do X3 seguir produzido no Brasil - inicialmente, será importados dos Estados Unidos. Além deste esportivo, podemos esperar um PHEV e, no futuro, o iX3 na nova plataforma. De qualquer forma, a BMW não errou nesta nova geração e tem tudo para seguir como um dos principais modelos da marca no Brasil e no mundo.
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