Para alguns pode significar apenas uma freada de arrumação, para outros há preocupações com a velocidade que a migração de motores a combustão interna (MCI) para elétricos pode ocorrer em dois dos maiores mercados mundiais de automóveis e veículos comerciais leves. De fato, acelerar o passo pode não ser a melhor estratégia.
As manchetes dos sites no exterior indicam claramente a segunda hipótese. Algumas já questionam se a Europa vai mesmo confirmar o prazo fatal de 2035 de proibir as vendas de veículos novos movidos por MCI. Os comentários desde agora é que haveria exceção para os híbridos que conjugam MCI e motor elétrico com baterias menores e mais em conta.
Veja alguns dos comentários:
Por fim, a cereja no bolo. Segundo a agência Bloomberg, a trilionária Apple e maior empresa do mundo listada em bolsa de valores, anunciou que vai adiar para depois de 2028 o seu aguardado modelo elétrico. Por mais de uma vez chegou a desmentir o projeto, quando na realidade só suspendeu os planos. Em um segundo momento, voltou atrás e os retomou.
Duas coisas são certas. Os híbridos voltaram ao jogo e de pouco adianta trocar uma maratona por uma corrida de 100 m rasos.
A Porsche foi o primeiro fabricante a adotar um motor turbo viável. Antes houve tentativas da Oldsmobile e da BMW que não deram certo. Até que chegou o Salão de Paris de 1974 e o lançamento do 911 Turbo de 3 litros com “apenas” 264 cv. Já o 718 Cayman GTS é um cupê esporte raiz de dois lugares com motor central traseiro lançado em 2005.
Até a geração anterior à atual o motor era um turbo, agora substituído por um 6-cilindros horizontais opostos três a três de aspiração natural, 4-litros, 400 cv a 7.000 rpm e 42,8 kgf·m entre 5.000 e 6.500 rpm com câmbio manual de seis marchas. Acelera de 0 a 100 km/h em 3,9 s, ótima marca.
Em poucas palavras, o oposto da maioria de hoje com motores turbo e câmbios automáticos até em carros esporte. E essa é a primeira ótima impressão do Cayman. O motor sobe de giros parecendo não ter fim até o corte automático a 7.800 rpm. A precisão do câmbio manual com ótimos engates só empolga. Se o motorista gosta de efetuar curvas muito rápidas se sentirá totalmente à vontade. Pode-se escolher entre quatro modos de condução por meio de um botão rotativo logo abaixo do raio direito do volante: normal, sport, sport plus e individual. Sport plus é para quem sabe muito bem o que explorar em um automóvel.
O quadro de instrumentos tem ótima visibilidade. Já o comando do freio de estacionamento fica do lado esquerdo, ao lado da chave de ignição e partida, porém sem o recurso do auto-hold, a ativação automática nas paradas. Volante, de dimensões perfeitas, comanda uma caixa de direção incrivelmente precisa e com assistência elétrica ideal.
Retenção do banco do motorista ajuda muito em curvas e o grau de dureza é o necessário para qualquer tocada rápida e longas viagens. Em capítulo à parte estão a potência e precisão dos freios, sempre ponto de honra para a Porsche. Por fim, há dois porta-malas: dianteiro, de 150 litros e traseiro, de 120 litros. Para viagens curtas e médias dão conta do recado.
Preço: R$ 680.000.
O SUV médio fabricado na China pela Jiangling, uma associada da Ford, realmente é outro carro. A começar pelas dimensões. Comprimento (4.630 mm) permitiu um porta-malas de 448 litros e entre-eixos (2.726 mm), espaço ligeiramente maior para os passageiros do banco traseiro. O estilo também mudou: nada das linhas generalistas de antes. Territory ganhou em imponência, faróis de LED, rodas de 19 pol. e traseira também redesenhada com defletor de teto robusto. Teto solar panorâmico continua de série.
Internamente chama atenção a tela única (inspirada nos Mercedes-Benz). Tanto o quadro de instrumentos quanto o multimídia têm 12,3 pol. Mas não é tão prático de manusear, exigindo sair do espelhamento do celular (Android Auto e Apple CarPlay) para mudar o modo de condução ou a temperatura do ar-condicionado. O acabamento muito bom inclui superfícies agradáveis ao toque e transmite refinamento. Seletor de câmbio tem botão rotativo e há também freio de imobilização automática no para e anda do trânsito.
Motor 1,5-L turbo a gasolina ganhou 19 cv, saltando para 169 cv e também 2,6 kgf·m passando a 25,5 kgf·m. Abandonou a insossa caixa de câmbio CVT e agora há uma automatizada de duas embreagens em banho de óleo e sete marchas. Trata-se de um conjunto com diferenças bem marcantes em relação ao trem de força anterior e respostas imediatas ao acelerador. Aceleração de 0 a 100 km/h em 10,5 s pelo velocímetro Google Maps.
Preço atraente frente aos principais rivais: R$ 209.990.
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