Falando De Carro: Faz sentido ter um SUV esportivo?
Marcas tradicionais apostam em SUVs que andam como carros esportivos a preços milionários
Com a popularização dos SUVs, as montadoras buscam cada vez mais formas de atrair clientes e isso não foge a regra para as tradicionais marcas de carros esportivos. Apesar de algumas entrarem nessa briga mais recentemente, BMW, Mercedes-Benz e Porsche já estão nessa há algum tempo.
Modelos como BMW X6 M, Mercedes-AMG G 63 e Porsche Cayenne Turbo S, que cresceu a linha com o Turbo GT, são objetos de desejo por muitos que curtem carros. Com essa crescente paixão por modelos altos e esportivos, tivemos uma nova safra de carros exóticos surgindo, como o Rolls-Royce Cullinan, Lamborghini Urus e a mais recente Ferrari Purosangue.
Essa quantidade de SUVs esportivos de luxo apareceram justamente por uma demanda dos clientes que gostariam de ter um carro espaçoso, alto, mas ainda com o DNA daquela marca que tanto representa desejo e sonho de consumo. A Lamborghini é um exemplo que teve um aumento de vendas um tanto quanto considerável com o SUV Urus, que segue a receita de um Audi RS Q8, mas com o DNA da marca italiana em design.
Mesmo muitos sabendo que o Urus é um Audi com roupa de Lamborghini, a marca vendeu em 2022 5.367 unidades do SUV - ao todo, considerando os demais modelos da marca, como Huracan e Aventador, foram 9.233 unidades. Ou seja, o SUV da Lamborghini representa mais da metade das vendas da marca globalmente, mostrando como a aceitação por SUVs tem crescido em todas as faixas de preço.
Apesar dos mais puristas odiarem a ideia de ver uma Ferrari ou Lamborghini criarem SUVs, este tipo de veículo serve para gerar muito lucro. Não podemos esquecer que o Cayenne foi o modelo que ajudou a Porsche no momento mais difícil da marca e atualmente se tornou um SUV de referencia no mundo todo, tanto no conforto, quanto na performance. Ou seja, se elas tem modelos com o 911, é pelo dinheiro dos SUVs.
A questão é que vamos ver cada mais este tipo de SUV sendo criado, até porque em países emergentes com uma parcela da população milionária disposta a comprar essas marcas, acabam partindo para este tipo de segmento, justamente por conta de conforto e sensação de maior segurança, principalmente por aceitarem a blindagem sem tantas limitações quanto esportivos tradicionais.
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