Com o fechamento dos números de vendas de automóveis em junho, temos o resultado do primeiro mês com os incentivos do governo federal. A redução de preços, que atingiram uma faixa de preços de até R$ 120 mil de determinados modelos que atenderam algumas regras, se juntou, na maioria dos casos, com descontos dados pelas próprias montadoras.
Comparado com o mesmo mês de 2022, junho teve um crescimento de 8,61% nos emplacamentos. O mais curioso é ver modelos populares entre os mais vendidos, que nos últimos tempos, tinham diversos representantes de segmentos mais caros, como os SUVs compactos e médios e picapes.
Este número chega a animar o mercado, mas é por tempo limitado. Ao mesmo tempo, o mais difícil acesso ao crédito por uma parte da população - justamente a que poderia aproveitar mais esses descontos - não colocou mais carros nas ruas. A taxa de juros alta também afasta clientes, que acabam ainda optando pelo mercado de usados e semi-novos ou mantendo o carro atual na garagem.
Ainda há uma parte dos R$ 500 milhões a serem utilizados, além de mais R$ 300 milhões que devem ser liberados também para o uso de empresas, como locadoras e frotistas. O mês de julho ainda mostrará o resultado, ao menos em partes, dessa ação do governo, mas pode não ser o suficiente para chamar realmente de programa do carro popular, já que uma parte da população não terá esse acesso.
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